Triste por deixar o SP, Marcos Guilherme diz que se sente parte de retomada

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UOL

Ana Carolina Silva
  • reprodução/InstagramHoje jogador do Al Wehda, da Arábia Saudita, Marcos Guilherme fez viagem pelo EgitoHoje jogador do Al Wehda, da Arábia Saudita, Marcos Guilherme fez viagem pelo Egito

Enquanto a torcida do São Paulo curte a liderança do Brasileiro, um personagem específico lamenta por ter precisado dizer adeus a esta campanha tão cedo. Agora no Oriente Médio, Marcos Guilherme diz que se sente parte do crescimento do atual primeiro colocado do campeonato.

“Mesmo de longe, acompanho o São Paulo, torço e comemoro com as vitórias. Estou extremamente feliz pelo momento do clube. De um jeito ou de outro, me sinto parte dessa retomada do São Paulo. Estou torcendo muito pelos companheiros”, disse ao UOL Esporte.

“Esse carinho pelo São Paulo é recíproco. Estou sempre acompanhando tudo. Queria pedir para que não se esqueçam de mim, porque eu jamais esquecerei do São Paulo. Sempre vou torcer pelo sucesso do nosso Tricolor”, completou.

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Paulo Pinto/São Paulo FC

Marcos Guilherme teve de sair em junho por causa de um acordo mal costurado com o Atlético-PR, que não reconheceu a interpretação dos são-paulinos de que o empréstimo deveria ter duração de 18 meses. Ao anunciá-lo, a diretoria do Morumbi disse que atacante ficaria por 1 ano e meio (até dezembro), mas isso não foi documentado. O Furacão só repassou o contrato válido até junho.

Ele nunca escondeu o que sentiu no período de indefinição, e até disse à imprensa que se entristecia por ter de deixar o São Paulo justamente no momento em que a equipe voltava a impor respeito dos adversários depois de um ano turbulento.

“Nós, que estávamos vivendo aquele momento ruim do São Paulo, estávamos sentindo que as coisas iam melhorar. Quando eu falei essa frase, já estávamos dando vários indícios de que o São Paulo voltaria a vencer e ser respeitado como sempre foi. Foi muito difícil sair daquele jeito”, lamentou.

A mudança para o Oriente Médio

Poucos dias depois de voltar ao Atlético-PR, Marcos Guilherme foi procurado pelo Al Wehda, clube da Arábia Saudita que já havia contratado Fábio Carille. Enquanto conhece uma nova cultura e visita outros países do Oriente Médio, como o Egito (veja a foto acima), o atleta também se aproxima do treinador que foi seu rival.

“Tendo a oportunidade de trabalhar com o Carille, agora entendo o porquê de ter sido campeão brasileiro, campeão paulista, o porquê de a gente ter visto o Corinthians jogar como estava jogando com ele. É um grande treinador”, elogiou.

Com a mudança no regulamento do Campeonato Saudita, as equipes locais agora podem ter até oito jogadores estrangeiros no elenco (no máximo sete em campo, e a opção por mais um no banco). Até este momento, o Al Wehda tem sete.

reprodução/Instagram

Além de Marcos Guilherme, os nomes que compõem a lista são os brasileiros Renato Chaves, Fernandão e Anselmo, o venezuelano Otero, o turco Emre Çolak, e o egípcio Awad. O investimento vem crescendo na expectativa de atrair a atenção de torcedores do Ocidente.

“Todas as equipes daqui estão se reforçando bastante. No Brasil, muita gente tem a ideia de que na Arábia Saudita não tem futebol, que o pessoal só vem pela parte financeira. Mas estamos vendo que não é bem isso, essa temporada terá um nível muito bom”, disse Marcos Guilherme.

“Fiquei bem impressionado com o carinho que eles demonstram com a gente. Estão extremamente felizes, empolgados com a nossa vinda. Foi uma grande surpresa para mim, não esperava ser tão bem recebido como estou sendo. Um povo muito alegre, sempre cantando e brincando”, concluiu.