Bruno Peres segue otimista por título do São Paulo: “Só depende de nós”

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero

Com dez pontos ganhos, o São Paulo é apenas o 12º colocado do returno do Campeonato Brasileiro, venceu somente um dos últimos cinco jogos e viu rivais diretos na briga pelo título se aproximarem na tabela. O cenário, no entanto, está longe de ser desesperador. Quem garante é Bruno Peres, novamente à disposição após se recuperar de uma lesão na coxa direita.

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“Continuamos dependendo só da gente”, declarou o lateral direito, em entrevista à Gazeta Esportiva. “Só depende de nós para continuarmos na liderança do campeonato. Precisamos continuar acreditando, porque temos uma decisão no domingo. ”, reiterou.

O camisa 15 se refere ao duelo com o Botafogo, no Rio de Janeiro, onde uma vitória será essencial para o São Paulo seguir no topo. Passadas 26 rodadas, o time dirigido por Diego Aguirre ocupa o primeiro lugar, com 51 pontos, apenas um a mais que Palmeiras e Internacional, segundo e terceiro colocados, respectivamente.

O retorno de Bruno Peres é encarado com otimismo no clube do Morumbi, invicto tendo o jogador em campo pela competição nacional, com cinco vitórias e dois empates. “Espero voltar e continuar não perdendo. A equipe vem vivendo jogo a jogo e, mesmo com tudo o que aconteceu [nos últimos jogos], continua na liderança”, ponderou.

Na verdade, não se sabe se o São Paulo permanecerá na ponta até o embate no Rio, já que Flamengo e Palmeiras entram em campo antes do líder e podem ultrapassá-lo em caso de vitória. Por isso, Bruno Peres pede foco ao time e divide a responsabilidade com os rivais.

“Independentemente de como vamos entrar no domingo, em terceiro ou segundo, temos de pensar na nossa parte. O objetivo é focar no nosso trabalho e esquecer os adversários, pensar que no domingo é uma final e que dependemos da gente para vencer esse adversário”, apontou o ala, que prosseguiu.

“Sempre vai ter pressão no São Paulo, porque é um clube vitorioso, acostumado a vencer. Creio que os jogadores estão preparados para suportar essa pressão, que não é só nossa. É também dos adversários, que têm de fazer o resultado deles antes de pensar na gente”, ressaltou.

 

Veja outros trechos da entrevista com Bruno Peres:

Gazeta Esportiva – Qual seria o peso de uma nova ausência de Everton?
Bruno Peres –  Todos os jogadores fazem falta. Todos têm sua importância, sua cooperação no coletivo da equipe. O Everton faz muita falta pelo jogador que é, pela qualidade, experiência e maturidade que tem. Quando uma peça dessas sai, talvez você sinta alguma coisa, mas tem jogadores que entram para fazer o seu melhor e tentar fazer a diferença.

Muitas vezes não conseguem, mas estão trabalhando e buscando seu espaço para ajudar o São Paulo. Não estamos na liderança à toa. Quem entra está dando conta do recado, porque a equipe continua no mesmo lugar. O grupo é bom e tem demonstrado isso rodada a rodada. É dar sequência e esperar o retorno do Everton. Quem for escolhido para fazer a função dele vai entrar para fazer o melhor e nos ajudar nas partidas.

Gazeta Esportiva – Após quatro anos na Itália, você vê o Brasil atrasado taticamente?
Bruno Peres – O futebol brasileiro trabalha muito pouco a tática. O italiano é um dos mais chatos para tática. De sete dias da semana, eles trabalham tática em cinco. Eles são muito dedicados. Quando você não consegue assimilar, eles te pegam após o treino, te martelam o tempo que for necessário para você entender de posicionamento, o balanço que a equipe tem que fazer, o elástico de ir para frente e voltar. O futebol brasileiro está começando a entender que a tática também é importante, mas ainda está atrasado.

Gazeta Esportiva – Como você passa essa experiência tática aos companheiros de São Paulo?
Bruno Peres Tento conversar principalmente na linha defensiva, que é uma das mais importantes. Se você errar, provavelmente vai tomar gol. Essa conversa entre nós defensores tem sido bacana, uma troca de informações em que temos nos ajudado. Temos colocado em prática aquilo que achamos que pode ser melhor para os quatro defensores. E creio que tem dado certo. A gente tem trabalhado bem, ajustado bem, e não tem tomado tantos gols assim.