Dirigentes “que entendem” motivam trabalho de Aguirre no São Paulo

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GazetaEsportiva.net

Tiago Salazar e José Victor Ligero

O São Paulo é o terceiro clube brasileiro a ser comandado por Diego Aguirre. Antes, o técnico uruguaio chamou atenção dirigindo o Internacional e surpreendeu pelo insucesso no Atlético-MG. Agora, porém, pela primeira vez, o treinador tem a oportunidade de vislumbrar um título nacional. Apesar da gratidão por gaúchos e mineiros, o atual comandante tricolor vê no clube paulista um diferencial para que seu trabalho apresente resultado satisfatório em tão pouco tempo.

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“Tanto Internacional quanto Atlético-MG, como o São Paulo, são clubes muito bons para trabalhar. Fui bem recebido e tive boas experiências. Agora, o que está acontecendo… Para mim é muito importante no São Paulo estar trabalhando junto a pessoas que estão na parte esportiva (diretoria de futebol). Foram eles que me trouxeram, tem esse compromisso com Raí, com Ricardo (Rocha), com Diego Lugano. Eles entendem, sabem que as coisas… valorizam o trabalho. Se a gente perder algum jogo, faz parte do caminho que estamos construindo, temos de ver mais um trabalho a longo prazo”, avaliou, durante entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.

Ainda comparando um pouco do que fez em cada clube, Diego Aguirre não acredita que tenha mudado tanto sua linha de trabalho. Pelo contrário. Para o treinador, o futebol brasileiro é que passou a aceitar de forma mais fácil aquilo que ele já tentava implementar logo que chegou ao país.

“Não mudamos muito de quando viemos para o Internacional, nosso primeiro time, também atlético-MG, não mudou muita coisa (…) As coisas que fazíamos há quatro anos, quando éramos criticados, hoje são normais. Times que brigam na Libertadores, casos de Grêmio, Palmeiras, trocam jogadores, mudam, fazem rodizio, dão oportunidades, coisas que nós falávamos e não era muito aceito. Hoje é normal. Talvez estávamos um pouco adiantados para algumas mudanças que hoje estão acontecendo”, opinou.

Avaliações, títulos ou fracassos, independente dos comentários, definitivamente não parecem influenciar nas convicções de Diego Aguirre. Mas, o que incomoda o técnico do São Paulo é o clima, a expectativa de título que se criou externamente depois do time ter conseguido virar o turno do Campeonato Brasileiro como líder, e agora apenas com essa competição para disputar até o fim do ano.

“Pode ter disso, uma surpresa que tão rápido o time encaixou. Estamos em primeiro lugar, mas temos de estar preparados para esse momento que estamos vivendo. E a euforia, ou falar que o São Paulo vai ser campeão, não é algo bom. Vamos ver o acontece. Tem muito jogo pela frente”, avisou.