Tricampeão brasileiro com o São Paulo não está entre os 99 homenageados no Caminho dos Ídolos inaugurado recentemente no Morumbi
Tricampeão brasileiro com o São Paulo entre 2006 e 2008, Richarlyson disse em entrevista ao programa “Aqui com Benja”, do Fox Sports, que ficou magoado por não estar entre os 99 ídolos homenageados pelo clube em uma espécie de calçada da fama inaugurada no mês passado no Morumbi.
-Eu não sou mais que ninguém, mas se é por mérito, na questão de título, de ter uma identificação grande com a instituição, tem jogador ali que ganhou um título só. Eu ganhei vários. Muita gente me mandou mensagem nas redes sociais e eu falei assim: “gente, o mais importante para mim é que o São Paulo vai ter 300 anos e minha história vai estar lá, os meus títulos”. É o que o Rogério Ceni sempre falou: a hora que passarem no corredor, vão ver minha foto lá. Qual foi a argumentação que eles tiveram para colocar esses 99? – disse o jogador de 35 anos, cujo último clube foi o Cianorte.
– Eu não posso falar de uma coisa que eu não sei qual foi o critério. Talvez o critério seja torcida, diretor que gostava de A ou B. Talvez não seja só título. Mas claro que me magoou. Não estou falando de uma passagem que ninguém viu, estou falando de títulos, de identificação – emendou.
Os homenageados no “Caminho dos Ídolos” foram selecionados por uma comissão montada para tocar o projeto. O clube diz que o espaço ainda receberá fotos de outros atletas que marcaram época. Outros jogadores marcantes no tricampeonato brasileiro, como Jorge Wagner, Dagoberto e Hugo, também ficaram fora.
Richarlyson também foi questionado sobre a época em que a torcida organizada do São Paulo pulava o seu nome na hora de cantar a escalação. O motivo seria a suposta homossexualidade do jogador, algo que ele sempre negou.
– Não vou ser hipócrita de falar que não é prazeroso ter a torcida gritando o seu nome, mas eu nunca liguei para isso. A minha história, a minha forma de jogar, a minha forma de lidar com qualquer situação não dependia da torcida, dependia do meu trabalho, do meu treinador, dos meus companheiros. Quando deixei de jogar porque não gritaram? As pessoas me perguntam de onde saiu essa minha força. Eu também não sei, mas é meu jeito de lidar com as situações. Não mudava muita coisa, não.
Richarlyson ainda disse que não deve continuar jogando futebol:
– Parei. Não vou dizer que foi oficialmente, mas estou querendo. Se não tiver alguma coisa que seja boa para mim eu prefiro parar. Minha carreira foi muito bacana, então não adianta ficar jogando só para dizer que estou jogando.
FONTE: LANCE
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