UOL
O São Paulo foi às categorias de base para tentar resolver uma das carências do elenco de Diego Aguirre. Os jovens Helinho e Antony foram promovidos ao time profissional e já treinaram com os novos companheiros nesta quarta-feira. Além deles, o meia Igor Gomes, que já era figura frequente no plantel principal, teve a promoção oficializada também.
Aguirre exaltou a medida e avisou que outros meninos de Cotia estão no radar, como Toró: “Estamos trabalhando em conjunto com a base, e um dos objetivos é de que os meninos façam parte da equipe principal. Como os três que subiram agora, tem outros, como Toró, que é possível fazer parte em breve. Nós precisamos desses meninos, são jogadores importantes para o processo de crescimento do clube”.
No segundo turno do Campeonato Brasileiro, o rendimento do São Paulo caiu. E isso passa pelos problemas para escalar os pontas titulares. Everton sofreu lesão muscular e custa a voltar a jogar. Joao Rojas cumpriu suspensão e vinha de sequência forte de partidas. Everton Felipe, contratado do Sport para substituí-los, ainda não engrenou e as improvisações se tornaram a principal solução para Aguirre, com Reinaldo, Régis, Liziero ou Santiago Tréllez.
Araruna, outro que teve chances na função, também está lesionado, enquanto Paulo Boia e Lucas Fernandes foram emprestados ao Portimonense. A expectativa agora é que os novatos ganhem espaço. “Helinho e Antony são jogadores rápidos, de um contra um, muito habilidosos, tenho certeza que serão jogadores importantes para o São Paulo”.
Uma curiosidade sobre Helinho é que ele fez o mesmo trajeto de Militão até chegar no Tricolor. Os dois nasceram em Sertãozinho, no interior paulista, passaram por um projeto social da cidade e tiveram o empresário Ulisses Jorge como mentor. Ele celebra a chegada ao profissional, que quase aconteceu em abril.
“Um sonho de criança realizado. Hoje estou aqui no time principal graças à Deus e ao meu suor, minha determinação. Não consigo descrever esse momento. Naquele período que eu já treinei na Barra Funda, peguei um pouco da intensidade. Temos que pensar a jogada muito antes da bola chegar no pé, acho que atualmente estou muito melhor. Desta vez, vim pensando que era mais um período, mais uma fase de transição, e de repente, me falaram que era para ficar. Nem palavras para descrever esse momento”, disse o garoto de 18 anos, que usará a camisa 37.
Antony também tem 18 e usará o número 39. Ele e Helinho conquistaram oito títulos na base, sendo sete lado a lado. Agora, quer brilhar de vez pelo time que torce: “Comecei em 2011, em avaliação, tenho vivido muita coisa dentro do clube. O São Paulo me deu humildade, disciplina, me ajudou dentro e fora de campo. Neste momento passa um filme na cabeça. Desde os 7 anos sempre fui no estádio, na nossa casa, no Morumbi, torcer pelo São Paulo. Hoje saber que eu posso estar jogando, ajudando o time, e torcedores vibrando por mim, não tem preço”.