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José Eduardo Martins
- Thiago Ribeiro/AGIF
Diego Aguirre comanda o São Paulo na busca para retomar a liderança do Brasileiro
Campeão simbólico do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o São Paulo começou o segundo turno como um forte candidato ao título. Cinco rodadas depois, o time sofre muito mais que o previsto para somar pontos e se desdobra para tentar recuperar o melhor momento. É um dilema parecido com o que viveu o Corinthians de Fábio Carille, campeão do ano passado, que quanto mais tinha a bola nos pés, mais sofria para superar os adversários.
O Tricolor fechou o primeiro turno da competição com 71,93% de aproveitamento dos pontos (12 vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas). Neste período, o time teve a bola no pé em 47,6% do tempo, em média. Desta maneira, marcou 32 gols (1,68 por jogo) e sofreu 16 (0,84 por confronto).
Já nas últimas cinco jornadas, os números são bem diferentes. Como os oponentes adotaram uma postura mais defensiva, o time teve 54,2% da posse de bola, mas apresentou mais dificuldade para acertar o arremate. Os são-paulinos balançaram as redes quatro vezes (média de 0,8) e sofreram três tentos (0,6 por duelo). O aproveitamento, por outro lado, caiu para 53,3%.
No caso do Corinthians, o contraste é ainda maior. O time de Fábio Carille teve a melhor campanha na história do Campeonato Brasileiro no primeiro turno de 2017, com 82,45% de aproveitamento dos pontos (14 triunfos e cinco empates). O ataque registrou o mesmo desempenho do São Paulo deste ano, com 32 gols (1,68 por jogo), e a defesa levou nove tentos (0,47 gol por confronto). Tais números foram obtidos com os alvinegros sendo donos da bola durante 49,1% do tempo das partidas.
Já nos cinco confrontos seguintes, a equipe também caiu de rendimento ao ver os adversários jogarem na retranca e abrirem mão de ficar com a posse de bola. Desta maneira, os corintianos passaram a ter 58% de média de posse de bola. O aproveitamento dos pontos despencou para 40% dos pontos (duas vitórias e três derrotas). Nestes jogos, eles fizeram só dois gols (0,4 por rodada) e levaram quatro (0,8 de média).
Retomada
A queda de desempenho do São Paulo no segundo turno ainda não fez o time ligar o sinal de alerta. No primeiro turno, a equipe também apresentou dificuldades para superar estes adversários e ficou longe de encantar. Na sequência da competição, porém, o Tricolor encontrou uma maneira de jogar, geralmente explorando a velocidade do seu sistema ofensivo.
Justamente a partir da sexta rodada, em um clássico contra o Santos – adversário do São Paulo neste domingo (16) -, o time engatou uma boa sequência de três vitórias para entrar no pelotão da frente do nacional.