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Juca Kfouri
Sidão seguiu no banco, Arboleda voltou ao time, Jucilei e Nenê saíram, a torcida não apareceu e o São Paulo fez péssimo primeiro tempo contra um tímido Atlético Paranaense que chegou ao Morumbi precedido pela boa campanha que faz no returno — e em busca de sua primeira vitória, fora de casa, neste Brasileirão.
O Tricolor, que ganhou pela primeira vez na Arena da Baixada justamente nesta temporada, nem de longe lembrou aquele time pós-Copa do Mundo.
A rigor, teve uma chance de gol em boa jogada de Carneiro que Diego Souza cabeceou no travessão.
Já o Furacão criou mais no fim dos 45 minutos iniciais, mas o zero não saiu do placar do gelado Morumbi.
Rogava-se por um pouco de qualidade no segundo tempo, diante de 13 mil torcedores.
E os deuses dos estádios atenderam as rezas porque logo no começo o São Paulo exigiu um milagre do goleiro Santos em cabeçada fulminante de Bruno Alves.
Mas foi por pouco tempo e já aos 17 minutos os poucos torcedores presentes passaram a pedir pela entrada de Nenê.
Como Diego Aguirre não está mais em condição de desagradar o torcedor, aos 24′, resolveu atendê-lo e o veterano meia substituiu Diego Souza.
Não era isso que o tricolor queria…
E o jogo continuou uma sucessão interminável de erros.
Até que, aos 28′, Pablo cabeceou no travessão, para empatar o jogo também em bolas no poste.
E quase abrir o placar no minuto seguinte.
O São Paulo fez 2 a 1 em bolas na trave num chute de Nenê que desviou na zaga.
O jogo ficou animado, ruim, mas animado.
Tréllez substituiu Carneiro que era o melhor são-paulino em campo e Liziero entrou no lugar de Araruna.
Santos e Jean ainda salvaram seus times nos acréscimos.
O Atlético permanecia provincianamente sem vencer fora de casa e o São Paulo completava sua sexta partida sem ganhar.
Assim os paranaenses verão a Libertadores na TV e os paulistas ficarão inapelavelmente na fila de 11 anos sem gritar é campeão.
Quem foi ao jogo, no fim, cobrou. Com vaias. Muitas.