Campanha mediana no segundo turno acende sinal de alerta no São Paulo; veja os motivos

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GloboEsporte.com

Leandro Canônico

O São Paulo forte que assumiu a liderança na reta final do primeiro turno deu lugar a um São Paulo inseguro e irregular no returno. Até aqui, em nove jogos, o Tricolor venceu apenas duas vezes, perdeu outras duas e empatou cinco partidas.

Esse aproveitamento de apenas 40,7% dos pontos fez o São Paulo perder a liderança e não depender mais das próprias forças para ser campeão. No primeiro turno, o time teve 72% de rendimento, com 12 vitórias, cinco empates e só duas derrotas.

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Ou seja, em apenas nove jogos no segundo turno, o Tricolor tem o mesmo número de derrotas e de empates do que no primeiro turno inteiro.

Nenê foi sacado no intervalo do jogo contra o Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Nenê foi sacado no intervalo do jogo contra o Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

E mais: para igualar a campanha da primeira etapa da competição, o São Paulo teria de vencer todos os dez jogos que ainda tem na competição.

Mas o que levou a isso? Abaixo, o GloboEsporte.com aponta alguns motivos da oscilação:

O desfalque de Everton

Dentre todos os problemas que Aguirre teve para escalar o time neste segundo turno, o maior deles foi a ausência de Everton. Principal garçom do São Paulo, com seis assistências no Brasileirão, o meia-atacante não teve nenhum substituto à altura. E ele ainda não está 100% para voltar a jogar, como visto na derrota para o Palmeiras.

A queda de Nenê

O meia não tem conseguido mais ser decisivo como antes. Ainda segue sendo muito importante para o time, mas aquelas atuações de destaque, de desequilíbrio ficaram no passado. Mesmo assim, o camisa 10 é o ponto focal de criação do Tricolor.

Elenco sem opções

Diego Aguirre espremeu até onde pode o elenco para encontrar soluções para os desfalques, mas chegou ao limite. No último sábado, contra o Palmeiras, para mexer em uma posição e escalar um substituto de Everton, que começou no banco, ele colocou o zagueiro Rodrigo Caio de lateral-direito, o lateral Bruno Peres de ponta e trocou Rojas da direita para a esquerda do ataque. E não deu certo.

Defesa em baixa

Antes o ponto forte do São Paulo, o setor defensivo também sofreu queda de produção neste segundo turno. As atuações seguras de antes deram espaço para insegurança em diversos momentos. Resultado: falhas de posicionamento e mais espaços para os atacantes adversários.

O time virou alvo

Raí, diretor-executivo de futebol do São Paulo, tem razão ao dizer que um dos problemas da oscilação tricolor foi que o time virou referência e passou a ser muito estudado. Mas, a partir daí, Aguirre não conseguiu encontrar uma outra maneira de jogar. E o Tricolor segue refém do contra-ataque, que está longe de ser arma ao time.