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A derrota do São Paulo para o Internacional por 3 a 1 no último domingo, no Beira-Rio, diminuiu drasticamente as chances do tricolor de conquistar o heptacampeonato Brasileiro. E se estatisticamente o ainda possível título ficou mais difícil, para boa parte dos torcedores se tornou algo praticamente improvável, principalmente pelo rendimento do time comandado por Diego Aguirre no segundo turno, onde venceu apenas dois jogos.
Naturalmente, o desempenho do São Paulo versão 2018 rende comparações com a equipe de 2017 que, ao contrário da atual temporada, sequer almejou levantar a taça, brigando por quase toda a competição na parte de baixo da tabela, contra o rebaixamento. E mesmo assim, com cenários tão distintos, o elenco que salvou o descenso conseguiu somar mais pontos nas dez primeiras rodadas do returno que os liderados pelo comandante uruguaio neste ano.
2017 de recuperação X 2018 de queda livre
Se em 2017 o segundo turno do Campeonato Brasileiro foi de recuperação para o São Paulo, 2018, que em um contexto ideal seria de manutenção na briga pelo título, tem sido de queda livre. As esperanças que passavam por Nenê, Everton e Diego Souza hoje se chocam com a ausência do camisa 22, lesionado, e a queda de rendimento dos pilares do time desde o início da temporada.
No turno inicial, tudo se encaminhou para a eleição do time do Morumbi como um dos principais postulantes ao título. Time encaixado, com alto nível de desempenho e semanas cheias de trabalho. Todos esses trunfos, porém, não se refletiram dentro de campo. Desde que foi eliminado da Copa Sul-Americana, o tricolor não sabe o que é vencer com mais de cinco dias de intervalo entre uma partida e outra e só triunfou duas vezes.
Na atual temporada, o returno de Diego Aguirre e seus comandados é quase de uma equipe que luta contra o descenso. Em dez jogos, são 11 pontos conquistados, com oito gols marcados e 11 sofridos. No ano passado, neste mesmo conjunto de partidas, o São Paulo havia feito 15 pontos, quatro a mais, com quatro vitórias e 15 gols feitos. Além disso, o recorte apresenta rivais comuns, como Fluminense, Atlético Mineiro e Palmeiras, este último, atual líder da competição.
Da mesma forma como existem coincidências entre os times de 2017 e 2018, que apostaram em jogadores com lastro para liderarem o time rumo aos respectivos objetivos, haja visto a dupla Hernanes e Lucas Pratto na temporada passada e Nenê e Diego Souza nesta, os dois “São Paulos” somam diferenças, a começar pelo momento da virada de chave no campeonato.
Em 2017, a apatia do primeiro turno deu lugar a uma entrega insaciável dos comandados, na época, por Dorival Júnior no returno. Mesmo em partidas ruins tecnicamente, o São Paulo liderado por Hernanes, considerado um dos grandes responsáveis pela recuperação, não perdia a valentia e apresentava uma competitividade intensa. Já na atual temporada, aconteceu o contrário. Aguerrido nas primeiras 19 rodadas, o tricolor de Aguirre perdeu o desempenho e com ele a intensidade e a disposição que levaram o time à liderança.