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O técnico Diego Aguirre disse após o empate por 2 a 2 com o Flamengo neste domingo (4), no Morumbi, que o São Paulo vive um clima de tristeza por estar longe do título do Campeonato Brasileiro. Nove pontos atrás do primeiro colocado Palmeiras, o time tricolor despertou “expectativas mais altas que a realidade” ao liderar o Campeonato Brasileiro por várias rodadas, na avaliação do treinador.
“Quando começamos aqui, as expectativas não eram tão altas, de pensar em ganhar o título, mas sim de entrar em um processo. O clube vem de anos difíceis, e o objetivo era voltar à Libertadores, uma coisa normal para o São Paulo, mas que era valorizada. O que aconteceu foi que o time foi além das expectativas e gerou uma euforia em todos nós, na torcida, nos próprios jogadores, na diretoria”, disse Aguirre.
“Depois sofremos algumas derrotas, ficamos longe da primeira posição e entrou um clima não de frustração, mas de tristeza, porque ficamos longe de uma coisa que vimos perto por um momento. O problema é que às vezes as expectativas são mais altas que a realidade. E quando não tem tantas, faz as coisas normais. Ir à Libertadores pode ser bom. Obviamente que queríamos todos ser campeões, mas compete a nós assumir a realidade. Acho que o São Paulo está em processo de melhora, ainda vai evoluir, e sinto que ajudamos para que o São Paulo esteja um pouco melhor”, completou.
A queda do São Paulo na tabela veio com uma série de seis rodadas consecutivas sem vencer, que foi interrompida apenas na partida da rodada passada contra o Vitória. Para Aguirre, a perda de jogadores importantes é um dos motivos principais para que o time perdesse rendimento e passasse a desperdiçar pontos que não vinha desperdiçando na primeira metade do campeonato.
“Nós perdemos muitos jogadores importantes por diferentes motivos. Não são desculpas, mas são jogadores que tinham uma característica importante, de marcação, de contra-ataque. Éverton, Militão, o Rojas que não estava hoje… O time está suprindo, estamos tentando pouco a pouco colocar os meninos, que estão bem, mas mudou a característica”, afirmou.
O técnico também lamentou ter que fazer duas substituições forçadas no segundo tempo. Gonzlao Carneiro pediu para sair por cansaço e foi substituído por Edimar, passando Reinaldo para a ponta esquerda, enquanto Luan machucou o tornozelo e foi trocado por Araruna no meio-campo. O meia Nenê, que não foi utilizado, deixou o Morumbi irritado e antes dos demais companheiros, mas Aguirre minimizou o episódio.
“O Carneiro estava muito bem, mas sentiu a intensidade do jogo. Depois, o tornozelo do Luan. Fizemos mudanças e talvez o time tenha ficado meio sem saída ou sem velocidade na frente. Mas são coisas que acontecem e temos que tentar resolver. Nos últimos minutos, é verdade que não encontramos uma resposta para contra-atacar ou para fazer alguma situação de ataque”, disse.
Na quarta posição do Brasileiro, o São Paulo volta a campo no próximo sábado (10). O adversário será o Corinthians, em clássico a ser disputado no estádio do rival em Itaquera.
