Empate ruim em bom jogo no Morumbi

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UOL

Juca Kfouri
O primeiro tempo no Morumbi, com 32.612 torcedores, sob chuva entre São Paulo e Flamengo foi o chamado jogo intenso.
Tecnicamente limitado, mas disputadíssimo.
Tanto que nos dez minutos iniciais saíram dois gols, de Diego Souza e de Uribe, aos 8 e aos 9 minutos.

O do Tricolor fruto de um cruzamento de Carneiro que Liziero tentou dominar, não conseguiu, mas a bola sobrou para Diego estufar a rede na cara de César.

A resposta do Rubro-Negro veio incontinenti, com cruzamento de Renê na cabeça de Uribe para empatar.
Os dois times seguiram em busca da vitória, único resultado que interessava aos cariocas, embora não fosse de todo mau para os paulistas.
E foi o Flamengo quem esteve mais perto do segundo gol, depois que Sidão fez milagre em arremate de Renê e Uribe perdeu o rebote de maneira inacreditável.
Um gol perdido que pode custar tão caro como aquele que Paquetá perdeu contra o Palmeiras.
De todo modo, faltava o segundo tempo.
Diego Aguirre, com coragem, trocou o zagueiro Anderson Martins pelo menino atacante e estreante Helinho, 18 anos.
Eis que o garoto, aos 5′, deu um corte num rubro-negro, e mandou uma bomba de esquerda de fora da área, inapelável, um golaço! 2 a 1.
Cuellar saiu, Diego entrou, Éverton Ribeiro foi embora e Geuvânio chegou, aos 14′, a tempo de ver César evitar o terceiro gol dos pés de Luan, outro menino da base tricolor.
Edimar em campo, Carneiro fora, aos 22′.
Araruna substituiu Luan, machucado.
O jogo era lá e cá, cá e lá, sem parar, mas com o São Paulo melhor, diante da ansiedade flamenguista.
Pará saiu, Rodinei entrou, aos 31′.
Sidão fez duas boas defesas seguidas, para fazer as pazes com a torcida.
O São Paulo ia garantindo um lugar no G4 e tirava o Flamengo em sua busca pelo heptacampeonato brasileiro.
Ia.
Porque Vitinho fez grande jogada pela esquerda e ele cruzou para Rodinei empatar, 2 a 2.
O jogo cumpria com o que prometera, mas o resultado não resolvia a vida de ninguém.
Não garante o Tricolor na Libertadores e praticamente tira o Flamengo do título, porque Vitinho, livre, aos 45′, perdeu outro gol imperdível, desses que time campeão não perde.
Como a bicicleta perdida por Paquetá, aos 49′, quando a bola tinha saído pouco antes.

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