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Apesar do empate contra o Flamengo, no último domingo, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, ter reduzido ainda mais as chances matemáticas do São Paulo de conquistar o título nacional, um fato em especial serviu de alento ao torcedor tricolor que foi ao Morumbi: Helinho. Promovido ao time titular no intervalo, o jovem atacante precisou de poucos minutos para balançar a rede e fazer valer o status de “joia da base”.
“Posso dizer que foi a realização de um sonho de infância. Não foi o resultado que o time queria, mas vamos trabalhar durante a semana para evoluir. Teremos um jogo difícil pela frente, no clássico contra o Corinthians, e queremos um resultado positivo”, disse o garoto de 18 anos, após um belo gol de perna esquerda, ao canal oficial do clube.
Natural de Sertãozinho, no interior de São Paulo, Helinho chegou ao tricolor em 2012 e em pouco tempo passou a ser visto como um dos garotos mais talentosos e promissores de Cotia, local que abriga os times de formação do clube do Morumbi. Multicampeão e com sucessivas convocações para as seleções de base no currículo, o camisa 37 foi promovido ao elenco profissional referendado também por André Jardine, seu ex-treinador.
Mesmo assim, com tanto alarde e expectativa por uma chance, não era esperada uma estreia tão precoce do garoto. Motivo até de críticas por parte da torcida, Aguirre tem sido muito cauteloso na promoção dos garotos, como fez com Liziero e Luan, que foram colocados aos poucos e de forma espaçada. Após a partida contra o Rubro-Negro, inclusive, o treinador alertou para o cuidado quanto a utilização dos mais jovens.
O projeto de colocar os garotos aos poucos, entretanto, se viu obrigado a mudanças e reformulações, tanto por falta de opções no elenco quanto pela própria qualidade dos atletas. Luan, por exemplo, desbancou Jucilei na equipe titular, enquanto o próprio Helinho ganhou minutos por conta das baixas para o setor, como Everton Felipe e Rojas, ambos lesionados.
Com contrato recém-renovado até 2023, a expectativa é de que o camisa 37, autor de um gol após quatro minutos em campo, não seja peça fundamental da escalação tricolor até o fim da temporada. Isso porque, internamente, existe um planejamento para o garoto e o entendimento de que o meia-atacante precisa de evolução tática para poder contribuir com mais minutos.