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- Thiago Ribeiro/AGIF
André Jardine comandou o São Paulo na derrota para o Vasco, nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro
André Jardine precisa correr contra o tempo. Após a demissão de Diego Aguirre, o auxiliar recebeu a oportunidade de assumir o comando do São Paulo nas últimas cinco rodadas do Campeonato Brasileiro. Passadas três jornadas, a instabilidade deu o tom. O novo treinador obteve uma vitória (sobre o Cruzeiro), um empate (com o Grêmio) e a derrota para o Vasco, na última quinta-feira (22). A irregularidade potencializada pelas atuações abaixo do esperado deve reabrir uma discussão interna sobre o futuro de o treinador gaúcho.
Outro número ratifica o momento em que o Tricolor patina sob o comando de Jardine: foi a primeira derrota da equipe para um time de fora do G6 – grupo de cima da tabela que garante vaga na Copa Libertadores do próximo ano.
Como o UOL Esporte publicou, o São Paulo tem como seu plano principal a efetivação do jovem comandante, de 39 anos, em 2019. O executivo de futebol do clube, Raí, acredita no potencial de Jardine, tanto que incentivou uma viagem para que ele fizesse um intercâmbio na Europa em outubro. No entanto, há ainda uma ala no clube que prefere um treinador mais experiente para dirigir um time do porte do Tricolor paulista.
Um desempenho positivo da equipe nesta reta final do Brasileirão serviria para acalmar os ânimos dos mais desconfiados. Outro ponto importante nesta discussão é a classificação para a fase de grupos da Copa Libertadores. Caso o Tricolor termine o nacional entre os quatro mais bem colocados, não precisará disputar a etapa eliminatória. Com revés por 2 a 0 no jogo com o Vasco, o São Paulo não depende mais apenas dos seus resultados e precisa torcer por um tropeço do Grêmio para ainda sonhar com o seu objetivo.
“É um desafio bastante grande. O São Paulo assumiu o risco de injetar ideias novas, de mudança, sabendo que tem coisas boas e às vezes os jogadores demoram um tempinho para assimilar. Abraçamos esse risco juntos. Estamos tentando fazer o trabalho para bater essa meta do G4. O foco passa a ser vencer os dois próximos jogos, melhorar alguma coisa, especialmente em ideias para atacar, ser mais eficiente ofensivamente”, disse o treinador, que fez uma análise das próximas partidas do Tricolor paulista, contra o Sport, no Morumbi, e com a Chapecoense, fora de casa.
“Temos um jogo em casa que teremos de propor. Não vai ter saída e possivelmente um jogo fora com a Chapecoense que vamos ter de buscar o resultado para bater nosso objetivo. Espero que, mesmo com tempo pequeno que tenho, consiga demonstrar um pouco da minha capacidade de fazer o time construir as próprias situações sem depender de erros do adversário e de gols ao acaso, que consiga realmente com um bom futebol encontrar os resultados”, completou Jardine, que comandava as categorias de base do clube até ser promovido para auxiliar do profissional em março.
Apesar das incertezas, o São Paulo não discutiu ainda opções caso a efetivação de Jardine aconteça. Um nome bem avaliado pelo diretoria é o de Abel Braga, mas até mesmo por causa desse voto de confiança no ex-auxiliar, o treinador não foi procurado por ninguém do clube.
O problema do São Paulo que se arrasta anos, chama-se comando ou gestão, que é uma merda.
As contratações realizadas são de jogadores sem perfil ou meia boca, quando não paneleiros.
Quem sabe um dia, o atual conselho omisso, tome atitude e providências para acabar com
baixaria de vexames, que mancha a história do clube.