Blog do Menon – UOL
Quem faz errado, faz duas vezes.
É o caso de Raí, que terá muito trabalho para montar um time competitivo para o São Paulo no próximo ano. Algo importante, independentemente de onde se olhe. Para o alto, com o sonho de título na Libertadoore,s ou para baixo, evitando vexames no Brasileiro, como foi em 2017.
O elenco de 2018, apesar do quinto lugar no Brasileiro (pode ser quarto, mas as possibilidades não são grandes), foi reprovado. E Raí tem grande parcela de culpa. Foi ele quem comandou todas as negociações.
Se ele não pode ser culpado pela decepção que se tornou Bruno Peres (jogador que estava na Europa), não poderia ter deixado o time nas mãos frágeis de Sidão e de Jean. São goleiros para times médios. Fazem bastante defesas porque são muito exigidos. E são aplaudidos porque colaboraram para evitar um rebaixamento. Não servem para um grande time, onde são menos exigidos, mas não podem errar tanto quanto erram. O primeiro gol do Vasco e um outro que foi anulado poderiam ser evitados. Não são erros fatais, não são frangos, mas de um goleiro de time grande exige-se mais do que o normal.
E Trellez? Eu, você e o colombiano que vai comandar o Ministério da Educação poderíamos errar na avaliação, embalados pelos gols que ele fez no ano passado, mas Raí, responsável pelo futebol do São Paulo, não poderia embarcar nessa onda.
Nenê? Dois anos de contrato para um jogador mimado e em fim de carreira? O que fazer com ele em 2019? Terá condição para comandar o time durante um ano todo? Se for para a reserva, aceitará ou fará biquinho? O pior é que Nenê não tem ”sombra”. Cueva foi embora e ninguém foi contratado. E Shaylon mostra ser um jogador de brilhareco, um passe aqui, um chute ali e nada mais.
Diego Souza deu conta do recado. Deu mesmo? Termina o ano com menos de 20 gols. Não é o ideal para um centroavante. Não é um jogador que possa ser comparado com Luís Fabiano, Calleri, Pato, Pratto, Kardec, Dagoberto ou Borges.
Há muito mais problemas. Não há reserva para Everton, Reinaldo, Diego Souza, Nenê, Bruno Peres. E alguns deles, como vimos, não foram bem como titulares.
Raí, com certeza já está trabalhando. É preciso mesmo, porque a margem de erro é pequena. Além dos ajustes naturais do final de cada ano, precisa refazer o que foi mal feito.
*As opiniões expressas neste blog são de responsabilidade do autor.