Tropeço, vaias e estádio vazio: a despedida melancólica do Morumbi

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero

O São Paulo se despediu do Morumbi de forma melancólica na noite da última segunda-feira. No derradeiro jogo do ano como mandante, o time tricolor não passou de um empate sem gols com o Sport e desperdiçou a chance de ingressar no G4 do Campeonato Brasileiro.

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Vindo de uma derrota por 2 a 0 para o Vasco, o Tricolor entrou em campo sob a desconfiança da torcida, refletida nas arquibancadas vazias do estádio. Afinal, o público de 15.235 pessoas não condizia com a importância do confronto, crucial para as pretensões do time na competição.

Beneficiado pelo empate do Grêmio com o Vitória no dia anterior, o São Paulo assumiria a quarta colocação em caso de triunfo sobre os pernambucanos, restando apenas mais uma rodada para o fim do torneio. Sem correr riscos, a equipe criou várias chances, mas esbarrou na infelicidade de Nenê na cobrança de pênalti e não conseguiu somar os três pontos.

Após o apito final, as vaias e os gritos de “time amarelão” reforçaram o clima melancólico da última apresentação do São Paulo diante de sua torcida, que chegou a sonhar com o título do campeonato, liderado em boa parte pelo clube do Morumbi.

“Complicado. Tivemos muitas chances, principalmente no segundo tempo, mas não conseguimos concluir as jogadas em gols. Agora, temos que aguentar as consequências. Tínhamos tudo para entrar no G4”, lamentou o meia-atacante Everton.

 

O flerte com a conquista, aliás, fez do São Paulo o detentor da segunda maior média de público no Brasileirão. Em 19 jogos disputados no Morumbi, o clube atraiu em média 34.321 torcedores, atrás somente do Flamengo (46.259).

Esse número, contudo, poderia ser ainda maior não fosse o desempenho do segundo turno. Das dez partidas realizadas no estádio nesse período, os são-paulinos comemoraram apenas três vitórias, amargando seis empates e uma derrota.

“Sabemos do momento difícil, com dificuldades para vencer casa. A minha missão é, com pouco tempo de treino, aumentar o repertorio ofensivo, tornar o time mais agressivo. Sinto que temos evoluído neste quesito”, avaliou o técnico André Jardine.

Embora a despedida do Morumbi tenha passado longe do tom festivo, o São Paulo ainda tem uma chance de consolar seu torcedor, conquistando uma vaga na fase de grupos da próxima Copa Libertadores. Para isso, basta conseguir um resultado melhor do que o do Grêmio, seu concorrente direto, na última rodada do Brasileirão.

No próximo domingo, às 17 horas (de Brasília), o Tricolor paulista visita a Chapecoense, enquanto os gaúchos recebem o Corinthians. No entanto, independentemente do resultado, o ano já pode ser considerado positivo para o São Paulo, segundo Diego Souza.

“Estamos chateados pelo resultado, mas o ano foi positivo por tudo o que vinha acontecendo com o clube. Precisamos colocar esse fardo pesado e buscar o que o clube precisa, mas foi um ano em que conquistamos a vaga na Libertadores. Vai depender da próxima rodada se vai ser direto na fase de grupos, mas dentro de um balanço o ano foi positivo e a gente espera superar ano que vem”, projetou.

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