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Após fracasso em mata-matas, Tricolor lidera primeiro turno do Brasileiro, mas termina em quinto
Chegou a hora de relembrar como foi o ano do São Paulo. Há duas réguas para medir o sucesso da temporada do Tricolor. Na que tem como ponto de partida o quase rebaixamento do ano passado, 2018 foi ótimo, com vaga na Libertadores. Mas naquela que tem o desempenho no primeiro turno do Brasileirão como norte, foi frustrante. Acompanhe abaixo a retrospectiva do GloboEsporte.com.
Dorival Júnior
O técnico ajudou o São Paulo a escapar do rebaixamento em 2017 e teve o contrato renovado. Mas não conseguiu ter vida longa na temporada. Os maus resultados e a insatisfação com os reforços contratatos pela diretoria, casos de Nenê e Tréllez, encurtaram a caminhada do treinador no clube.
A queda de Dorival Júnior ocorreu logo depois de uma derrota por 3 a 0 para o Palmeiras, na arena do rival. Rapidamente, a diretoria tricolor anunciou a contratação do uruguaio Diego Aguirre.
Dorival Júnior em seu último jogo como técnico do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
Diego Souza
O atacante terminou a temporada como o principal jogador do São Paulo em 2018. Foram 16 gols, 12 deles no Campeonato Brasileiro. Mas Diego Souza quase deixou o Tricolor no primeiro semestre.
Insatisfeito com a reserva e com proposta para voltar ao Vasco, o camisa 9 teve um papo sério com o técnico Diego Aguirre, ganhou novas chances e virou protagonista.
O contrato de Diego Souza com o São Paulo vai até dezembro de 2019, com a possibilidade de mais um ano de renovação, até dezembro de 2020.
Diego Souza chegou a 100 gol na era dos pontos corrido do Brasileirão — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
A sina dos mata-matas
Mais uma vez, o São Paulo não teve sorte nas disputas eliminatórias. Caiu na semifinal do Paulistão, na quarta fase da Copa do Brasil e na segunda fase da Copa Sul-Americana.
No Campeonato Paulista, a eliminação para o Corinthians, na semifinal, foi dolorida. Após vencer o rival no Morumbi por 1 a 0, o Tricolor perdeu do rival no último minuto, em Itaquera. E, na disputa por pênaltis, levou a pior, com Diego Souza e Liziero desperdiçando as cobranças.
Na Copa do Brasil, título que o Tricolor ainda não tem, a derrota por 2 a 1 para o Athletico, fora de casa, dificultou o caminho. No Morumbi, a frustração foi grande. Depois de abrir 2 a 0, o São Paulo cedeu o empate e foi eliminado de forma precoce.
Já na Copa Sul-Americana, o São Paulo foi surpreendido pelo modesto Colón, da Argentina. O time venceu o Tricolor no Morumbi, perdeu em Santa Fe e levou a melhor na disputa por pênaltis.
Petros e Militão consolam Diego Souza após pênalti perdido — Foto: Marcos Ribolli
Primeiro turno de euforia
Doze vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas. Quase 72% de aproveitamento e o simbólico título do primeiro turno do Brasileirão. A campanha, norteada pelas boas atuações do trio formado por Nenê, Everton e Diego Souza, empolgou o torcedor são-paulino.
O bom trabalho do técnico Diego Aguirre, em especial na arrancada após a Copa do Mundo, deu ao torcedor a segurança de que o São Paulo voltara a ser protagonista.
São-paulinos comemoram o gol da vitória sobre o Vasco, quando o Tricolor assumiu a liderança — Foto: Marcos Ribolli
Segundo turno de frustração
Mas o segundo turno deu um choque de realidade no São Paulo. O empate com o lanterna Paraná logo na primeira rodada do returno e as seguidas lesões de Everton foram os avisos.
Com apenas 22 pontos conquistados na outra metade do Campeonato Brasileiro, o São Paulo viu ruir o sonho do sétimo título brasileiro e terminou apenas na quinta colocação.
O desempenho assegurou o Tricolor na Copa Libertadores de 2019, mas não diretamente na fase de grupos. Será preciso passar por dois mata-matas para chegar até lá.
Derrota em casa para o Palmeiras praticamente acabou com o sonho do título brasileiro — Foto: Marcos Ribolli
Chegadas e saídas
Dentre os reforços contratados pela diretoria, dois se destacam: Everton e Rojas. O primeiro foi a contratação mais cara desta temporada (R$ 15 milhões) e o segundo foi anunciado durante a Copa do Mundo, vindo do Talleres, da Argentina, que agora será adversário do Tricolor na Libertadores.
Por outro lado, dentre aqueles que saíram, estão Petros, que foi para o Al-Nassr, da Arábia Saudita, Cueva, que não se enquadrou na disciplina do time e foi negociado com o Krasnodar, da Rússia, e Éder Militão, que saiu para o Porto, de Portugal.
Cueva não teve bons momentos pelo São Paulo em 2018 — Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net
Nenê x Diego Aguirre
Os dois foram personagens importantes do São Paulo na temporada. Dentro e fora de campo. O meia chegou a ser o principal jogador do treinador em determinado momento da temporada.
No segundo turno, porém, Nenê caiu de produção e foi para a reserva. Não gostou. Como também não gostou, no primeiro turno, quando foi substituído.
Depois da demissão de Diego Aguirre, o meia desabafou dizendo que não tinha tido nada a ver com a saída do treinador. E Lugano chegou a dizer que o “biquinho” de Nenê era parte do pacote.
Nenê e Diego Aguirre durante treino do São Paulo no CT da Barra Funda — Foto: Marcelo Hazan
André Jardine
Multicampeão nas categorias de base do São Paulo, o treinador foi promovido ao elenco profissional para ser auxiliar fixo da comissão técnica. Mas, após a saída de Aguirre, assumiu de forma interina para os cinco jogos finais do Campeonato Brasileiro.