São Paulo tem a melhor defesa em 11 anos: desafio ou paz para Volpi?

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Bruno Grossi – Do UOL, em São Paulo

Goleiro sofria muitos gols no México, mas também era líder em defesas

Divulgação/Querétaro Goleiro sofria muitos gols no México, mas também era líder em defesas

São Paulo teve a melhor defesa em 11 anos durante a temporada de 2018 e isso pode gerar dois efeitos para o recém-contratado Tiago Volpi: uma tranquilidade maior nos jogos, algo que nunca encontrou nos tempos de Querétaro ou a pressão para deixar ainda melhores os números do sistema defensivo do Tricolor.

Na equipe mexicana, Volpi não tinha paz. Tanto que sempre esteve apontado entre os melhores goleiros do país mesmo com uma elevada média de gols sofridos: 1,39. Foram mais de 700 finalizações contra sua meta em quatro anos, com mais de 500 defesas realizadas. 

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Encontrar, então, um time com uma defesa mais sólida pode ser motivo para comemorar. 

Ao longo de 2018, o São Paulo sofreu 51 gols em 63 partidas, gerando média de 0,8 por confronto. É a melhor marca desde 2007, quando a média foi de 0,71. Se levada em conta somente a quantidade de gols sofridos, é o melhor índice desde 1991. Rendimento que deixou Bruno Alves, Robert Arboleda e Anderson Martins entre os mais eficientes jogadores do clube no ano.

Mesmo assim, o Tricolor terminou a temporada sem que nenhum de seus goleiros fosse unanimidade. Sidão, muito criticado, saiu para o Goiás. Jean conseguiu mais chances no fim do Campeonato Brasileiro, mas o temperamento forte causou certa desconfiança.

Ou seja, a torcida confia nos zagueiros que tem. Só que anseia por um goleiro que possa salvá-los quando não é possível parar os atacantes rivais. Um goleiro que seja capaz de decidir partidas, como era Rogério Ceni, aposentado desde 2015. Volpi pode até chegar respaldado e com clima favorável, mas o histórico recente são-paulino estará em seu caminho.