Clássico, dancinha e sentimento por lesões do passado no São Paulo: falamos com Everton

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GloboEsporte.com


Marcelo Hazan e Renato Cury

Confiante com gol e assistência, meia fala de tristeza por perder título de 2018 e afirma que estilo de jogo intenso e agressivo ajuda a explicar problemas musculares.

Clássico, dancinha e sentimento por lesões do passado no São Paulo: falamos com Everton

Everton, do São Paulo, começou 2019 em alta. O gol e a assistência na vitória por 3 a 0 sobre o Novorizontino, na última quinta-feira, deram confiança para jogador titular no time de André Jardine.

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Agora, Everton quer ajudar o São Paulo no primeiro clássico da temporada contra o Santos, neste domingo, às 17h (de Brasília), no Pacaembu, pela terceira rodada do Paulistão.

Everton, inclusive, também promete fazer dancinha, caso faça um gol, assim como o rival venezuelano Soteldo, do Santos.

– (Risos) o Carlinhos Neves, nosso preparador físico, está mandando a gente dar uma maneirada na dancinha, né (risos). Mas é o momento do gol, o cara extravasa. Claro que se fizer gol aqui vai ter dancinha, sim. É começo de temporada (ele diz) para frear alguma empolgação, mas é a maneira que temos aqui no São Paulo, né. No ano passado, quando a fase estava boa, a gente estava sempre fazendo dancinha. Então, acho que nesse ano vai ser a mesma coisa – disse, em entrevista ao Grupo Globo.

Everton sorridente no São Paulo: jogador quer esquecer lesões do ano passado — Foto: Marcelo Hazan

Everton sorridente no São Paulo: jogador quer esquecer lesões do ano passado — Foto: Marcelo Hazan

De olho no bom começo do Santos, Everton projeta um clássico aberto no Pacaembu. Os dois rivais venceram as duas primeiras partidas e são os únicos com 100% de aproveitamento no Paulistão.

– É sempre difícil quando falamos em clássico. Claro que a equipe do Santos está bem nesse começo de temporada, assim como o São Paulo também. Vai ser bom para o torcedor. Acho que vai ser um jogo para frente, e é disso que o torcedor gosta.

Everton comemora gol do São Paulo contra o Novorizontino — Foto: Thiago Calil/Agif/Estadão Conteúdo

Everton comemora gol do São Paulo contra o Novorizontino — Foto: Thiago Calil/Agif/Estadão Conteúdo

Confiante com o gol e a assistência, Everton troca o sorriso por uma expressão mais fechada ao comentar as lesões de 2018. Principal jogador do São Paulo, ele teve três problemas musculares na coxa esquerda.

– Foi muito dificil. Muito complicado. Tive a ajuda do meu pai, mãe e esposa principalmente. Foi um momento no qual você ia para casa e as pessoas mandavam mensagem perguntando se você ia jogar. O time não estava vencendo. Sei que eu não fui o único culpado, mas sei que eu era importante para o time também. Mas isso passou e é aprendizado. Espero que nesse ano eu possa estar bem – afirmou.

– Foram duas lesões grau 2. É uma lesão que não tem como você jogar. Você quer estar em campo. No final do campeonato joguei umas quatro ou cinco partidas, mas estava abaixo fisicamente. Isso atrapalhou também. É meu estilo de jogo, né? É muito agressivo. Às vezes eles falam para eu dar uma poupada, mas eu não consigo. No treinamento é a mesma coisa. Acho que é preparar bem mesmo para não se machucar esse ano – completou.

Everton comenta lesões musculares sofridas pelo São Paulo em 2018 — Foto: Marcelo Hazan

Everton comenta lesões musculares sofridas pelo São Paulo em 2018 — Foto: Marcelo Hazan

Diante da ausência de Everton, o sonho do São Paulo de ser campeão do Brasileirão se perdeu no segundo turno. O Tricolor, inclusive, terminou a competição na quinta posição, fora da fase de grupos da Copa Libertadores e motivo de lamentação para o jogador.

– No ano passado brigamos pelo título. Claro que no final o time teve uma queda muito grande e deixou a gente muito triste. Tanto que estamos nessa pré-Libertadores (nota da redação: o São Paulo tem de disputar a primeira e segunda fase de mata-mata antes da fase de grupos). Um time que estava brigando pelo título era para estar entre os quatro e ir direto. Mas nesse ano, com as contratações que o São Paulo fez, são jogadores de qualidade e tem tudo para ser diferente.

Para 2019, o São Paulo contratou sete jogadores: Igor Vinicius, Léo, Hernanes, Willian Farias, Pablo, Biro Biro e Tiago Volpi. Os reforços somados ao atual elenco com Diego Souza, Nenê e Everton deixam o Tricolor forte, na visão do jogador.

– Temos esse entrosamento há algum tempo eu e Diego Souza. No ano passado foi assim também e nesse ano não vai ser diferente. Claro que têm jogadores que estão chegando, como o Pablo, um excelente jogador, e ainda tem o Hernanes, que é o Profeta, nossa grande contratação. Agora é com o professor (André Jardine) escalar essas feras.

Diante do rodízio no elenco de André Jardine, o possível São Paulo para o clássico é o seguinte: Tiago Volpi; Bruno Peres, Arboleda, Bruno Alves (Anderson Martins) e Reinaldo; Jucilei (Liziero), Hudson e Nenê; Everton, Helinho (Diego Souza) e Pablo.

Diego Souza, Everton e Pablo no São Paulo — Foto: Thiago Calil/Agif/Estadão Conteúdo

Diego Souza, Everton e Pablo no São Paulo — Foto: Thiago Calil/Agif/Estadão Conteúdo

Veja outros trechos da entrevista de Everton:

Gol e assistência

– É muito bom fazer gol e dar assistência. Isso dá confiança. Acho importante. Quando cheguei ao São Paulo estava bem demais. Aí no segundo semestre aconteceu o que aconteceu. Fiquei muito tempo sem jogar. Esse ano, com a pré-temporada, acho que estou bem.

Período fora por lesões

– Eu não quero ficar fora. Não gosto de ficar fora. Em 2017, no Flamengo, fui o terceiro jogador que mais esteve em campo. Saíram algumas coisas que no Flamengo eu me machucava muito, mas isso não é verdade. Agora é trabalhar para frente.

Variações táticas com Jardine

– As variações são boas. O professor tem usado bastante nos treinamentos, porque é muito fácil hoje em dia com essas táticas ser marcado. Então precisa ter algum negócio para você sair da marcação. isso é muito importante também.