Bruno Grossi – Do UOL, em São Paulo
Com a saída de Lucas Perri para o Crystal Palace, da Inglaterra, o São Paulo precisou recompor seu time de goleiros no elenco profissional. O escolhido foi Lucas Paes, que está no clube desde 2014 e precisa superar a desconfiança por um problema genético para seguir jogando futebol.
No fim do ano passado, em sua segunda temporada integrando o grupo principal do Tricolor, Paes recebeu uma oportunidade que parecia promissora. O Toronto FC, do Canadá, que já havia feito negócio com os paulistas pelo lateral-direito Auro, fez uma proposta de empréstimo pelo arqueiro de 21 anos.
O São Paulo aceitou a oferta e renovou até o fim de 2019 com Paes, que se despediu dos companheiros para a aventura na equipe que disputa a Major League Soccer (MLS), o maior campeonato dos Estados Unidos. Mas os exames médicos fizeram os canadenses desistirem da contratação.
Foi identificada uma alteração no coração de Paes e o Toronto considerou que isso seria um risco para a saúde do jovem. O problema é genético, de nascença e de ciência do São Paulo. O Tricolor foi informado assim que o contratou, há cinco anos, graças a relatórios fornecidos pelo Corinthians, ex-clube do goleiro.
Paes precisa de acompanhamento médico mais intenso e frequente que os demais jogadores, mas nunca foi impedido de jogar por nenhum profissional da saúde. O São Paulo dá a ele todo o apoio para continuar a carreira e o considera tão saudável quanto seus demais atletas.
Por isso, quando a saída de Perri foi consumada, Paes foi convocado para retornar ao CT da Barra Funda, onde é muito bem quisto por jogadores e comissão técnica. Ele disputa agora o posto de terceiro goleiro com Júnior, outra cria de Cotia, com Jean e Tiago Volpi à frente.