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José Victor Ligero e Marcelo Baseggio
Tiago Volpi abandonou a condição de ídolo e capitão do Querétaro, do México, para se transferir por empréstimo ao São Paulo. Seduzido pelo projeto de Raí, diretor de futebol do clube, o goleiro, que a princípio fica no clube até o fim do ano, não escondeu a empolgação de defender o time protagonista desta janela de transferências e espera fazer história assim como o último jogador de sua posição bem-sucedido no Tricolor, Rogério Ceni.
“É lógico que existe uma certa pressão por tudo o que o Rogério [Ceni] representou, mas, a partir de agora, temos que encarar como uma grande oportunidade, uma oportunidade linda de poder fazer história, e entender que igual ao Rogério não vai existir. O Rogério foi um jogador muito acima da média. Venho muito tranquilo, não venho pressionado, muito pelo contrário. Venho solto, com muita alegria e vontade de poder construir minha própria história aqui dentro, respeitando todos que estão aqui e a grandíssima história que o Rogério tem aqui dentro”, disse Tiago Volpi.
Depois de se destacar com a camisa do Figueirense, clube pelo qual jogou junto com Pablo, Tiago Volpi se transferiu para o México e em quatro anos se tornou unanimidade no Querétaro. Lá ele se sagrou campeão da Copa do México e da Supercopa do México, sucesso que ele espera repetir agora em solo brasileiro, em um dos maiores clubes do País, mas que vive um longo jejum de títulos.
“Foram quatro anos muito especiais lá no México. No dia da despedida, a torcida e o clube fizeram uma homenagem muito bonita. Fiquei muito grato por todo esse reconhecimento. Isso foi parte de um trabalho bem feito, um trabalho em que pudemos ganhar títulos. O Querétaro jamais tinha conseguido um título a nível de Primeira Divisão. Conseguimos ganhar dois títulos lá e isso fez a diferença”, afirmou.
Questionado por que escolheu o São Paulo e abandonou a zona de conforto na qual vivia, Volpi foi enfático. Ele revelou que as conversas com o clube não iniciaram recentemente. Segundo ele, sua chegada ao Morumbi é a realização de um sonho por conta da grandeza do clube, que parece, enfim, caminhar para se estabelecer como um dos grandes favoritos aos principais campeonatos da temporada e voltar a erguer troféus.
“Eu posso te dizer que isso não é de agora. Isso é um namoro antigo já, faz mais de um ano que a gente vem conversando com o São Paulo, com o Alexandre [Pássaro, gerente de futebol], com o Raí. Infelizmente, em outras oportunidades não foi possível realizar essa vinda. Então, a gente sempre manteve esse contato. Agora houve a oportunidade de poder vir, é a realização de um sonho profissional”, revelou.
“Sabemos da grandeza do São Paulo, então hoje, poder representar esse clube, vestir essa camisa, concretizar algo que começou há um tempo, é a realização de um ciclo que tinha que se cumprir. Estamos muito contentes com o desfecho dessa história. Pela grandeza, por esse namoro antigo que existia, eu escolhi o São Paulo”, completou.