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Ex-técnico do Vitória, Vagner Mancini foi anunciado nesta semana como novo coordenador de futebol do São Paulo. Em sua primeira entrevista como dirigente do clube, ele descartou assumir futuramente o cargo de treinador, hoje ocupado por André Jardine.
“A partir do momento em que sentamos para acertar o contrato, a primeira coisa que eu deixei muito claro é que não há a menor possibilidade de o Vagner Mancini assumir em qualquer hipótese”, garantiu, em entrevista coletiva, no último sábado, em Orlando, onde o time está para a disputa da Copa Flórida.
“A minha vinda para cá é exatamente para exercer uma função diferente, função de coordenação, para dar respaldo, para ajudar, levar informação também a outros lados, ao lado da diretoria, ao lado de todos os setores que formam a estrutura do departamento de futebol. Então, não há a menor possibilidade”, reiterou.
“O Jardine tem o meu apoio incondicional, sabe disso. Até porque já conversamos bastante, inclusive antes do acerto ele me ligou, falando do seu desejo também que eu fizesse parte dessa equipe. As coisas estão muito claras, e tenho certeza de que vão ocorrer da melhor maneira possível”, acrescentou.
Entre as várias atribuições que o novo cargo exige, a de fazer o elo entre a comissão técnica e a diretoria é uma das principais. Assim, Mancini espera facilitar o trabalho de Jardine em um 2019 desafiador para o técnico do São Paulo.
“Quero dar para a comissão técnica e para o Jardine aquilo que muitas vezes eu não tive na minha carreira. É uma necessidade que o treinador às vezes tem, que essa informação chegue para a diretoria, e que as informações da diretoria também cheguem para o treinador. Por mais que a gente viva o futebol há muito tempo, a gente não consegue entender por que não há uma sinergia tão grande. Talvez seja essa peça que faça falta dentro de toda a estrutura do nosso futebol”, explicou.
Abaixo, veja outros trechos da entrevista de Vagner Mancini:
Categorias de base
“A partir do momento em que o atleta chega no profissional, ele
tem que ter o respaldo de uma estrutura que possibilite ele jogar. Nós
sabemos a pressão que existe em cima de todos os clubes grandes por
resultados, por conquistas e tudo mais. Mas é importante, quando o
atleta chegar no profissional, que ele se sinta seguro para exercitar. E
o clube também se sinta seguro para fazer com que esses atletas possam
fazer parte do elenco principal. O São Paulo forma muitos jogadores. Ao
longo desses anos, a gente tem visto vários atletas que se destacaram em
outras equipes. A gente quer exatamente o contrário, que eles se
destaquem dentro do São Paulo”, ressaltou.
Elenco
Vejo um time forte, fortalecido em relação a 2018. Tudo aquilo que você
vê no futebol, às vezes a gente analisa uma equipe diante de nomes,
diante de papel, e muitas vezes o segredo não está aí. Porque todo mundo
tem bons jogadores. A chegada do Hernanes, a chegada de outros atletas,
deu um corpo maior ao São Paulo, mas o dia a dia é que faz a diferença.
Ter um ambiente bom de trabalho, onde o atleta se sinta capaz de
realizar aquilo que ele pode, certamente vai ter êxito. Estou muito mais
seguro em dizer que o dia a dia saudável te dá muito mais resultados do
que simplesmente montar um bom time no papel.
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Nova carreira
Um desafio, uma coisa nova. Eu que já estou há bastante tempo no
futebol, como ex-atleta, técnico, e agora enfrentando um desafio. O que
fez a diferença nessa escolha foi exatamente tentar entender o que São
Paulo queria do Vagner Mancini e o que o Vagner Mancini vislumbrou nessa
nova função dentro do São Paulo. Acho que o São Paulo tem a mentalidade
de se fortalecer fora de campo. É importante quando você tem o
investimento dentro de campo, que o atleta olhe para fora também e veja
uma equipe forte também fora de campo. As atribuições estão voltadas
para ser o elo entre diretoria, a parte executiva, que olha de uma forma
muito macro, até chegar na comissão técnica. Quero dar o respaldo
necessário a todos eles, para que possam fazer um excelente trabalho no
dia a dia.
Funções
Nada mais é do que agir e coordenar todos os setores do clube, para que
todos eles possam dar a condição da comissão técnica exercer junto aos
atletas aquilo que nós temos de melhor. A escolha do Jardine para ser o
técnico do São Paulo já vem de encontro a uma padronização que existe
dentro do clube. Eu vou atuar exatamente em cima disso, fazendo com que a
base também esteja presente. Hoje, temos, além de um técnico que vem da
base, atletas que vieram da base e que vão ter oportunidade neste ano.
Essa integração faz com que meu papel seja fundamental. Eu também serei o
elo dentro dessas funções, fazendo com que tudo fique muito simples de
ser entendido no dia a dia e que a gente tenha resultados com isso.