GloboEsporte.com
Leandro Canônico e Marcelo Hazan
Tricolor tem dois jogos no Paulistão antes de encarar o argentino Talleres, dia 6, em Córdoba.
A derrota para o Santos não apaga o que o São Paulo mostrou de positivo nos dois primeiros jogos do Paulistão, contra Mirassol e Novorizontino. Mas o tropeço no clássico acende o sinal de alerta do Tricolor às vésperas da estreia na Copa Libertadores da América.
Até o dia 6, data do duelo contra o argentino Talleres, em Córdoba, o São Paulo tem dois jogos pelo Campeonato Paulista: o Guarani, na quinta-feira, e o São Bento, no domingo, ambos no Pacaembu. Os jogos terão transmissão ao vivo do Premiere para todo o Brasil e acompanhamento em tempo real, com vídeos, no GloboEsporte.com.
O São Paulo de André Jardine já mostrou repertório contra adversários mais modestos. Mas parou no jogo contra o Santos e apresentou velhos problemas. Veja abaixo alguns tópicos sobre o que não deu certo, o que pode melhorar e o que continua sendo pedra na chuteira do Tricolor.
Jucilei e Hudson juntos
A dupla, titular na maior parte da temporada passada, não dá velocidade na transição e tem pouca chegada ao ataque, embora Hudson tenha feito um dos gols na goleada por 4 a 1 sobre o Mirassol. Com Liziero em campo, o setor tem uma dinâmica diferente.
Contra o Novorizontino, Liziero ficou com a vaga de Jucilei, e Hudson jogou mais recuado. É possível que Jardine faça de novo essa mudança para dar mais mobilidade ao time nas próximas rodadas.
Jucilei disputa a bola com Diego Pituca no clássico contra o Santos — Foto: Marcos Ribolli
Adversários mais fortes
André Jardine assumiu o São Paulo nas cinco rodadas finais do Brasileirão do ano passado. E teve apenas uma vitória, contra o Cruzeiro. Nos demais jogos, empates com Grêmio e Sport e derrotas para Vasco e Chapecoense.
Neste ano, o Santos foi o primeiro time de Série A enfrentado sob o seu comando. E o Tricolor foi dominado pelo adversário, algo admitido pelo treinador e detectado como ponto a ser melhorado nos próximos desafios.
Jardine teve dor de cabeça com a atuação do São Paulo contra o Santos — Foto: Marcos Ribolli
Ataque tricolor
Dois gols em cinco jogos em 2018. Sete gols em três partidas em 2019. O ataque tem funcionado melhor com Jardine em comparação aos jogos que ele comandou na temporada passada.
Mas a missão agora é fazer o ataque funcionar da mesma forma contra as equipes mais fortes. Até porque na Libertadores a tendência é de confrontos mais parecidos com o que teve com o Santos do que os que o Tricolor teve contra Mirassol e Novorizontino.
Ataque funcionou contra Mirassol e Novorizontino, mas contra o Santos… — Foto: Marcos Ribolli
A sina dos clássicos
A derrota para o Santos expôs novamente uma das principais fraquezas do São Paulo nos últimos dez anos: os clássicos. Em especial quando joga fora de casa.
Segundo levantamento de Alexandre Giebrecht, do site Jogos do São Paulo, desde 2008 o Tricolor tem um desempenho pífio como visitante em clássicos: sete vitórias, 14 empates e 38 derrotas.
São Paulo não tem ido bem em clássicos como visitante — Foto: Marcos Ribolli
O Profeta vai resolver?
Hernanes foi, ao lado de Pablo, a principal contratação do São Paulo para esta temporada. Mas o meia ainda não teve condições físicas de estrear. A tendência é que, quando estiver 100%, o Profeta seja titular. E a aposta é grande de que ele possa subir o Tricolor de patamar.
Até agora, Hernanes participou dos primeiros tempos contra o alemão Eintracht Frankfurt e o holandês Ajax, no Torneio da Flórida, além de ter jogado dois terços do jogo-treino contra o São Caetano. Na última segunda-feira, ele ficou fora do jogo-treino contra o Nacional.
Sem jogar oficialmente desde 11 de novembro do ano passado, pelo Hebei Fortune, da China, Hernanes faz trabalho especial para acabar com o desequilíbrio muscular que atrasa sua estreia.
Hernanes vive a expectativa de poder estrear pelo São Paulo — Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net