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- Diego Lima/AFP Técnico do Tricolor começou a Libertadores com dura derrota contra o Talleres
O técnico André Jardine aproveitou a entrevista coletiva da madrugada desta quinta-feira, após o São Paulo ser derrotado por 2 a 0 pelos argentinos do Talleres, para assumir a responsabilidade pelo momento ruim do time. São apenas três vitórias em oito jogos na temporada, com a vida do Tricolor bem complicada na Copa Libertadores da América.
“Com certeza eu penso bastante quando os resultados não aparecem. Sou obrigado a aceitar e não gosto de ficar justificando. A partir do início do ano a responsabilidade é minha, principalmente por desempenho. Mas citar o fim do ano passado é injusto comigo, porque peguei um final de trabalho, com uma identidade muito diferente do que acredito e sem tempo para treinar. Neste ano, sim, me cobro bastante”, admitiu o treinador são-paulino.
Para tentar amenizar a pressão que o atinge, Jardine sabe que precisará de uma resposta rápida. Ele tem uma semana para melhorar o Tricolor, que teve atuação muito ruim na cidade de Córdoba, e transferir seus ideais de futebol para a prática em campo. A partida de volta, no Morumbi, está marcada para as 21h30 da próxima quarta-feira. Será a decisão do futuro do clube na Libertadores e na temporada.
“O São Paulo precisa jogar mais, ter mais a bola. Mas esse processo não é tão rápido e estamos tentando usar todo o tempo que tem para evoluir em algumas coisas para os jogos decisivos e importantes. Precisamos dar a atenção que a defesa precisa para esses momentos, por exemplo. E não tive o tempo que preciso para impor um estilo de jogo dominante”, explica.
Jardine falou muito sobre “mobilizar os jogadores” pela virada e sobre absorver a pressão, principalmente a que é cultivada pela própria comissão técnica pela insatisfação com o trabalho: “A gente entra pressionado todos os dias para fazer o melhor e buscar os resultados”.