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O São Paulo tem uma dura missão para realizar na noite desta quarta-feira, a partir das 21h30 (de Brasília), no Morumbi. Derrotado por 2 a 0 no jogo de ida, o Tricolor precisa vencer o argentino Talleres por três gols de diferença para evitar uma eliminação precoce na Copa Libertadores.
Caso devolva o 2 a 0, o time dirigido por André Jardine levará a decisão da vaga para os pênaltis. Se sofrer um gol, terá de marcar outros quatro para avançar à terceira fase da Pré-Libertadores.
Abaixo, a Gazeta Esportiva lista cinco motivos para a torcida tricolor acreditar numa histórica virada sobre o Talleres:
MÍSTICA DO MORUMBI
O São Paulo é muito forte jogando a Libertadores em seu estádio. Em 83
partidas disputadas no Morumbi, o Tricolor ostenta um incrível
aproveitamento de 81,1% dos pontos disputados, com 64 vitórias, dez
empates e apenas nove derrotas. São 174 gols marcados e 50 sofridos,
tendo um saldo de 124 tentos.
Principal trunfo da equipe, o Morumbi volta a receber o São Paulo após passar por uma série de reformas. A expectativa é que a casa tricolor receba um bom público, já que mais de 35 mil ingressos foram vendidos de forma antecipada.
HERNANES
Principal reforço para a temporada, o meia é a maior referência técnica
dentro de campo. Habilidoso, bate com as duas pernas e tem visão de jogo
singular. Apesar de o Profeta não estar na forma física ideal, o
são-paulino espera por algum passe ou chute que fure a provável retranca
argentina. Neste retorno ao clube, ele soma dois gols em seis jogos.
QUALIDADE DO ELENCO
Além de decidir em casa, o São Paulo tem um elenco mais farto e técnico
do que o do Talleres. A diretoria investiu R$ 42,7 milhões em sete
contratações para a temporada de 2019. Pablo, Hernanes e Tiago Volpi
foram as principais delas. Além do trio, o time conta com nomes de peso,
como Nenê, Everton, Jucilei, Diego Souza e Anderson Martins.
O Talleres, no entanto, também se reforçou. Foram seis contratações, sendo as dos atacantes Sebastián Palacios e Dayro Moreno as de maior impacto. O plantel argentino também conta com a experiência do veterano volante Pablo Guiñazú, de 40 anos, campeão da Libertadores pelo Internacional, em 2010.
HISTÓRICO POSITIVO
O São Paulo tem retrospecto positivo de viradas sobre clubes argentinos
na Libertadores. Em sua história, o Tricolor conseguiu reverter quatro
placares adversos contra os hermanos.
Nas finais de 1992, o São Paulo devolveu o 1 a 0 do jogo de ida e venceu o Newell’s Old Boys nos pênaltis por 3 a 2. Nas oitavas de 1993, diante do mesmo rival, o Tricolor perdeu o primeiro embate por 2 a 0, na Argentina. No Morumbi, mesmo com o pulso de Raí quebrado, os brasileiros fizeram 4 a 0 e avançaram.
Em 2004, o São Paulo encarou o Rosario Central nas oitavas de final. Após perder por 1 a 0 na casa do rival, os comandados de Cuca venceram o duelo de volta por 2 a 1. Nos pênaltis, Rogério Ceni brilhou e garantiu o triunfo por 5 a 4. Por fim, nas quartas de 2006, o Tricolor teve de reverter a derrota por 1 a 0 na Argentina para avançar. Com gol de Edcarlos, o time brasileiro venceu pela contagem mínima e levou a disputa para os pênaltis. Com uma defesa de Ceni e uma cobrança para fora, o São Paulo conseguiu a classificação.
CAMISA PESADA
Além de ser mais forte, o São Paulo tem mais tradição do que o Talleres
na Copa Libertadores. Temido em todo o continente, o clube do Morumbi
conquistou a América três vezes: 1992, 1993 e 2005. Já o rival argentino
disputa a competição pela segunda vez em sua história. Em 2002, foi
eliminado já na fase de grupos.