Andrés e Lugano viram árbitros de vídeo e comentam a experiência

351

LANCE

Presidente do Corinthians e superintendente de relações institucionais do São Paulo testam o VAR na sede da Federação Paulista de Futebol: ‘Caminho irreversível’

Andres e Lugano

Sanchez e Lugano testam o árbitro de vídeo na sede da Federação Paulista de Futebol (Foto: Rodrigo Corsi/FPF)

Os representantes de sete dos oito classificados às quartas de final do Campeonato Paulista estiveram na sede da Federação Paulista de Futebol e receberam uma aula sobre o funcionamento do VAR. Presidente do Corinthians, Andrés Sanchez participou de um teste prático ao lado de Diego Lugano, superintendente de relações institucionais do São Paulo – o Palmeiras não enviou representante. 

Na opinião de Andrés, a implementação do VAR trata-se de uma medida irreversível, mas será preciso paciência para absorver eventuais erros de procedimento com a nova tecnologia. O presidente comentou como foi a experiência ao lado do uruguaio. 

– É uma coisa irreversível. Eu e Lugano participamos de um lance no qual demoramos 2min30s para rever. É complicado. Dirigente, jogadores, torcida têm de ter um pouco de paciência. Só com o tempo vai melhorar. Não é simples. Imagine, saiu o gol e foi falta no começo. Eu tenho uma interpretação e você tem outra. É difícil. Vai dar alguns problemas, mas é algo irreversível. Temos que ter paciência, estudar bastante e se preparar cada vez melhor – ponderou Andrés, durante entrevista coletiva na sede da entidade.

Publicidade

Assim como Andrés, Lugano concorda que o VAR é um caminho irreversível para o futebol brasileiro. Hoje dirigente do São Paulo, o ex-zagueiro é a favor do árbitro de vídeo e acredita que a mudança é positiva. 

– Recordamos muitas, muitas coisas (ele e Andrés). Mas nisso estamos de acordo: o VAR chega para ajudar, é a tecnologia no futebol. Está longe ainda da perfeição. Nos últimos anos, o VAR tem interferido, querendo fazer justiça. Ainda precisa evoluir. Estou convencido de que a evolução terminará quando o capitão ou o técnico do time decida quando o árbitro deve rever o lance, como em outros esportes – disse Lugano, e seguiu: 

– É preciso melhorar para não virar bagunça, com muita gente opinando. Muito tempo se perde de jogo. Porém, é uma iniciativa boa da Fifa. Imita outros esportes. Em muitos lugares do mundo funciona bem. Funciona até melhor que no futebol. Liga dos Campões, Copa do Mundo, final da Copa do Brasil… Não foi justo. É uma boa intenção, vai ajudar, mas é só o começo. 

O VAR será totalmente custeado pela Federação, que estima um gasto de R$ 28 mil por jogo. O árbitro de vídeo estará presente em todos os jogos do mata-mata do Paulistão de 2019 nos estádios do estado.