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Dudu, Kardec, Scarpa, Richarlyson… Veja outros casos que movimentaram bastidores dos rivais.
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A briga pela contratação de Alexandre Pato foi mais um capítulo das disputas – recentes ou mais antigas – entre as diretorias de Palmeiras e São Paulo. Antes das negociações de alviverdes e tricolores com o atacante, que estava livre no mercado desde a rescisão com o clube chinês Tianjin Tianhai, os rivais concorreram por outros reforços e até por patrocínio.
Com os bastidores agitados, Tricolor e Verdão iniciam duelo por uma vaga na final do Campeonato Paulista no próximo sábado, às 18h (de Brasília), no Morumbi. O jogo de volta será no estádio palmeirense, no dia 8 de abril, às 16h.
O Premiere transmite a partida para todo Brasil, com narração de Gustavo Villani e comentários de Maurício Noriega e Ricardinho. O GloboEsporte.com acompanha em tempo real com vídeos exclusivos.
Relembre algumas disputas entre palmeirenses e são-paulinos:
Anos 90
Ainda na era Parmalat, o Palmeiras contratou Cafu em 1995 – o lateral era um dos destaques do São Paulo de Telê Santana. Mas a manobra para evitar o pagamento de uma multa aos tricolores foi grande. Cafu foi negociado com o Zaragoza, da Espanha, e depois chegou a assinar com o Juventude, de Caxias do Sul (RS), que também era patrocinado pela multinacional italiana, antes de se transferir para o Verdão.
No ano seguinte, o Palmeiras brilhava com seu time dos 100 gols no Campeonato Paulista de 1996, com Cafu como titular, quando a diretoria do São Paulo aproveitou o fim do contrato de Muller para repatriar o atacante. Por causa disso, ele não disputou a final da Copa do Brasil daquele ano, quando o Verdão foi derrotado pelo Cruzeiro.
Richarlyson
Destaque do São Paulo tricampeão brasileiro com Muricy Ramalho, Richarlyson quase fechou com o Palmeiras antes de acertar com o clube do Morumbi. Aos 22 anos, o atleta chegou a fazer exames médicos no Verdão, mas optou por trocar o Santo André pelo Tricolor.
Dudu
O primeiro reforço de impacto da gestão Alexandre Mattos no Palmeiras foi Dudu, que virou símbolo do novo momento do clube. Em janeiro de 2015, o atacante era disputado pelos rivais Corinthians e São Paulo, mas acertou com o Verdão. Hoje ele soma 57 gols em 242 jogos pelo clube, com dois títulos do Brasileirão e um da Copa do Brasil.
Dudu renovou contrato com o Palmeiras até o fim de 2023 — Foto: Cesar Greco/Ag.Palmeiras
Rodrigo Fabri
Rodrigo Fabri foi contratado pelo São Paulo em janeiro de 2006, depois de ser alvo do Palmeiras no fim da temporada de 2005. Ele chegou ao Tricolor com contrato válido por dois anos, mas, mesmo conquistando uma edição do Campeonato Brasileiro, não teve muito destaque.
Ilsinho
Promessa da base palmeirense, o lateral-direito Ilsinho foi para o São Paulo em 2006, de graça. No Morumbi, foi bicampeão brasileiro antes de ser negociado com o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
A apresentação de Ilsinho no São Paulo, em 2006 — Foto: Rubens Chiri
Gustavo Scarpa
No ano passado, Palmeiras e São Paulo negociaram com o Fluminense a contratação de Gustavo Scarpa. Depois de muitas idas e vindas, com direito a disputas judiciais e liminares, o meia-atacante é uma das principais peças do time de Felipão na atual temporada.
Gustavo Scarpa na sua chegada ao Palmeiras — Foto: Antônio Cícero / Estadão Conteúdo
Alan Kardec
Em 2014, Alan Kardec trocou o Verdão pelo Tricolor, em briga que motivou desentendimento entre as diretorias, na época comandadas por Paulo Nobre e Carlos Miguel Aidar. O atacante estava emprestado pelo Benfica, mas foi adquirido em definitivo pelos são-paulinos.
Vitor Hugo
Na formação desse mesmo time, os palmeirenses ganharam concorrência do São Paulo na contratação do zagueiro Vitor Hugo, que estava no América-MG e que foi vendido para a Fiorentina em 2017 por oito milhões de euros.
Kardec, pelo São Paulo, e Vitor Hugo, pelo Palmeiras, em Choque-Rei de 2015 — Foto: Marcos Ribolli
Wesley
Meses depois de Kardec, o meio-campista Wesley fez o mesmo caminho do ex-companheiro, com quem conquistou o título da Série B do Brasileirão de 2013. Sem contrato com o Palmeiras, o atleta seguiu diretamente para o São Paulo. Nos últimos meses de contrato com o Verdão, ele chegou a treinar em horários alternativos antes de se transferir para o rival.
Wesley com a camisa são-paulina — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Crefisa
Uma vitória fora de campo sobre o São Paulo também é celebrada pelos palmeirenses. Em 2015, a Crefisa chegou a negociar com os tricolores, mas acertou com o Verdão. A parceria dura até hoje e rende ao atual campeão brasileiro o mínimo de R$ 102,4 milhões por temporada, até 2021.
Leila Pereira e o presidente Maurício Galiotte do Palmeiras, durante coletiva na Academia — Foto: Jales Valquer / Framephoto / Estadão Conteúdo