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Arthur Sandes e Bruno Grossi
Em evento realizado na manhã de hoje na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), dirigentes da entidade avaliaram o uso do recurso de árbitro de vídeo (VAR), inédito na história do Campeonato Paulista. Entre explicações de gastos e planos para o futuro, houve um consenso de que as decisões do VAR precisam ser mais rápidas, ainda que a precisão siga como prioridade.
O presidente da comissão de arbitragem, Ednilson Corona, fez questão de explicar o passo a passo da equipe de vídeo para analisar os lances, principalmente de impedimento. Corona reconhece que é necessário tornar o processo mais rápido e acredita que a demora vista neste ano envolve a insegurança dos profissionais com uma nova tecnologia e pela obrigação de não errar após a análise das imagens.
“O processo demora um tempo relativamente pequeno. Mas temos certa insegurança para acertar, e aí eles acabam fazendo uma vez mais para ter certeza. O processo é esse. Dá para adiantar, mas a questão da insegurança está atrasando a decisão. O tempo é importante, mas a precisão é ainda mais importante”, explicou Corona.
A Fifa considera que o tempo ideal para a análise de um lance pelo VAR é próximo a um minuto e 15 segundos. No mata-mata do Paulistão, as avaliações chegaram a demorar mais do que o dobro desta meta. A FPF entende que no próximo ano já terá os profissionais mais treinados, mas tentará melhorar o processo já para as finais entre São Paulo e Corinthians nos dois próximos domingos. Para isso, um operador de VAR ficará com a equipe de arbitragem na concentração antes das decisões, para afinar a comunicação e os métodos entre campo e vídeo.
O ex-jogador Mauro Silva, que é um dos vice-presidentes da FPF, também aproveitou para detalhar alguns gastos envolvidos no uso do VAR neste Paulistão: “São 28 mil reais por jogo, mais R$ 14 mil de certificação e homologações. Já a equipe do VAR custa, em média, entre R$ 6 mil e R$ 7 mil reais por jogo a depender da localização – em São Paulo o custo cai um pouco, em outras cidades sobe um pouquinho. Não consigo dar os números exatos, mas passa facilmente de R$ 1 milhão. Precisaria esperar terminar a competição para calcular e divulgar o custo final”.