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Leandro Miranda
O Palmeiras inicia sua caminhada no Campeonato Brasileiro amanhã diante de um adversário que não enfrenta há 13 anos, o Fortaleza. Mas nem por isso deixará de ter pela frente um velho conhecido. O técnico do time cearense é ninguém menos que Rogério Ceni, ídolo do rival São Paulo, com vários embates diante do Verdão no currículo quando era jogador. E como treinador, o jogo servirá como um “tira-teima” entre os dois.
Ceni enfrentou o Palmeiras comandando o São Paulo duas vezes, ambas em 2017, no período de seis meses em que dirigiu o Tricolor na sua primeira experiência como técnico. Foi uma vitória para cada lado, com partidas marcantes – tanto para alegria quanto para tristeza do torcedor alviverde.
O primeiro Choque-Rei contra o técnico Rogério Ceni aconteceu em 11 de março de 2017, pelo Campeonato Paulista. O jogo ficou marcado pelo golaço de cobertura em cima do goleiro Denis que Dudu marcou do meio-campo para abrir o placar. O Palmeiras ainda marcou mais duas vezes no segundo tempo, com Tchê Tchê e Guerra, para fechar o marcador de 3 a 0 no Allianz Parque.
A sorte virou quando Ceni reencontrou o Verdão em 27 de maio, já pelo Brasileirão. No Morumbi, o São Paulo contou com duas falhas de Fernando Prass para vencer o Palmeiras de Cuca por 2 a 0. No primeiro gol, Lucas Pratto recebeu pela direita e bateu sem ângulo, mas o camisa 1 alviverde deixou o chute entrar entre ele e a trave; no segundo, Luiz Araújo finalizou em cima de Prass, mas o goleiro permitiu que a bola passasse por baixo de seu corpo.
Ceni não duraria muito no São Paulo e seria demitido no início de julho. Desde então, o treinador viu um recomeço em sua carreira, guiando o Fortaleza aos títulos da Série B do ano passado e do Campeonato Cearense deste ano, e até recusou proposta do Atlético-MG antes do Brasileiro. Agora, em sua reestreia na Série A, encara o velho rival Palmeiras, comandado pelo veteraníssimo Felipão.
Como atleta, a história de Ceni contra o Palmeiras também é rica. O time alviverde é a maior vítima dos gols do ídolo tricolor, tendo sofrido sete bolas na rede, ao lado do Cruzeiro. O camisa 1 foi decisivo em duas classificações do São Paulo em cima do rival nas Libertadores de 2005 e 2006. Por outro lado, ele amargou a eliminação na semifinal do Paulista de 2008, com direito a “chororô” de Valdivia, e tomou dois gols de cobertura de Robinho em clássicos de 2015.
A bola rola a partir das 19h (de Brasília) de amanhã para Palmeiras e Fortaleza no Allianz Parque. Será a oportunidade para o Verdão – ou para Rogério Ceni – desempatar esse confronto que já teve tanta história na época em que o hoje treinador era o goleiro do São Paulo.