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André Hernan e Marcelo Hazan
Goleiro do Tricolor comenta sobre reforços, clássico na casa do rival e novo técnico. Jogador estava na base do Flu em 2009, quando time se livrou do rebaixamento em arrancada com Cuca.
Tiago Volpi conheceu Cuca de perto antes de o técnico chegar ao São Paulo– ele começou o trabalho na última segunda-feira, no CT da Barra Funda. Quando o treinador dirigiu a campanha contra o rebaixamento do Fluminense, em 2009, o goleiro estava na base do clube carioca.
Na ocasião, o Fluminense passou boa parte do Brasileirão na zona do rebaixamento. Chegou até a ser o lanterna da competição e ter 98% de risco de cair. Mas se salvou graças a uma arrancada nos últimos 11 jogos. Foram sete vitórias (sendo seis seguidas) e quatro empates.
– Dispensa comentários. É um treinador ganhador. Provou isso no Atlético-MG, Palmeiras… Eu me lembro muito bem de uma arrancada dele no Fluminense. Na época fazia parte dos juniores quando o Fluminense estava praticamente rebaixado. Ele praticamente fez um milagre com aquele time e salvou do rebaixamento. Então, é um treinador de mutas qualidades, experiência grandíssima e manejo de grupo muito bom também. Só temos expectativas boas com a chegada dele – disse Volpi, em entrevista ao GloboEsporte.com.
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Goleiro Tiago Volpi, do São Paulo, aprova contratações de Pato e Tchê Tchê — Foto: Marcelo Hazan
Cuca assume o time em meio ao mata-mata de semifinal do Paulistão contra o Palmeiras, pelo qual foi campeão brasileiro em 2016. O técnico vai comandar o time na Arena do rival, neste domingo, às 16h,depois do empate sem gols no Morumbi, pelo primeiro duelo.
Veja abaixo o que Tiago Volpi diz sobre o tabu no clássico, Pato, Tchê Tchê e mais:
Alexandre Pato
– Pato é um jogador que dispensa comentários, já provou no próprio São Paulo a sua qualidade. Então ficamos muito felizes com a chegada dele. Deixa o grupo mais forte. No pouquinho que pudemos conviver com ele o que posso afirmar é que, além de um grande jogador, é um grande ser humano. Totalmente de grupo. Tem procurado conversar com todos, por mais que já seja da casa, tem procurado se entrosar o mais rápido com aqueles que não conhecia. Mais do que o lado profissional, tem de destacar também esse lado pessoal, que é excelente.
Alexandre Pato, do São Paulo: goleiro Tiago Volpi elogia o jogador — Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes
Tchê Tchê
– Outro jogador de destaque: campeão brasileiro, com qualidade técnica acima da media no meu ponto de vista. É mais um jogador que chega para nos ajudar e deixar o nosso time mais forte. É outro que vai ser bem-vindo no nosso grupo.
Tchê Tchê veste a camisa do São Paulo — Foto: Divulgação
Tabu contra o Palmeiras na Arena do rival (sete derrotas em sete clássicos):
– É uma situação diferente, uma decisão. Não que em outras situações não eram jogos decisivos, mas se trata de uma semifinal de Paulista. Os tabus foram feitos para serem quebrados, e a gente tem muita convicção, confia muito que pode fazer um grande jogo e sair com essa classificação.
Classificação
– Dá para pensar nisso, pelo o que o time vem apresentando. Por mais que tenha sido 0 a 0 e não tenhamos vencido, mas apresentamos coisas muito boas. Conseguimos propor, ter diversos tipos de jogadas. O jogo está aberto, é um clássico. Não tem favorito. Temos totais condições de, na casa deles, fazer um jogo de igual para igual e sair com a classificação.
– O discurso é esse: não ganhamos nada. Temos feito bons jogos, mas não ganhamos nada. Temos de ter os pés no chão e humildade. O que vai levar à classificação para a final é o que temos feito nos últimos jogos, trabalhando todos juntos com intensidade e pegada, porque estamos jogando assim e, estando nesse nível, vai ser muito difícil ganhar da gente.
Qual foi momento da virada para o time ficar mais confiante?
– Momento crucial foi até mesmo depois de um jogo com o Palmeiras, onde restava mais uma rodada para conseguir a classificação, contra o São Caetano. Era tudo ou nada para nós. Ou mudava esse foco e esse chip, e começava a fazer as coisas diferentes, ou traria mais pressão para o nosso lado, com mais uma eliminação. A partir daquele dia as coisas caminharam de uma melhor maneira.
– Esse trabalho, essa mescla que o Mancini fez ajudou muito. Essa transição de mais jovens com mais experientes funcionou muito bem. A rapaziada que entrou foi bem, mostrou personalidade e não sentiu peso da camisa do São Paulo. O resto é o que vocês veem: um time mais solto, dinâmico, tentando ser o mais intenso possível nos jogos. O próprio torcedor lotou o Morumbi contra o Palmeiras, porque está voltando a acreditar, vendo cosias boas no nosso time. Esperamos continuar.
São Paulo e Palmeiras se enfrentaram no Morumbi, no último sábado — Foto: Marcos Ribolli
Trabalho de Mancini como interino
– Tem que mencionar o que ele fez, né? Não é fácil, por mais que seja um trabalho conjunto, no momento complicado que o clube vinha passando, ter personalidade e apostar em jogadores jovens, saber controlar o ambiente do grupo. Ele fez de uma excelente maneira. Foi muito importante nesse processo até a chegada do Cuca. É um trabalho de todos, mas temos que reconhecer esse trabalho do Vagner.
Cuca comanda o treino do São Paulo e promove roda descontraída no CT — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net