LANCE
Meia-atacante marcou o primeiro gol da carreira profissional justamente contra o São Paulo, em 2015, ano em que chegou ao Santos. Ele atingiu o auge em 2016 e agora tenta retomar
Vitor Bueno é o novo reforço do São Paulo – Foto: Ivan Storti
A carreira de Vitor Bueno, anunciado na noite de quarta-feira como reforço do São Paulo, decolou entre 2015 e 2017. A ascensão começou no Botafogo-SP, com um gol diante do próprio Tricolor, e terminou com a ruptura do ligamento cruzado do joelho direito, já pelo Santos. Agora, ele busca retomar aquele bom momento após uma passagem sem brilho pela Ucrânia.
Em abril de 2015, há exatos quatro anos, Vitor Bueno marcou o primeiro gol da vitória por 2 a 0 do Botafogo-SP sobre o São Paulo, pelo Paulistão. Aquela partida colocou fim à última “era Muricy Ramalho” no clube do Morumbi.
Vitor transferiu-se para o Santos naquela mesma temporada e fez quatro partidas pelo Brasileirão, com direito a gol sobre o Athletico Paranaense na última rodada da competição. O ano seguinte foi o melhor da carreira dele: campeão paulista e eleito a revelação do Brasileirão. Foram 48 jogos e 13 gols, incluindo mais um diante do São Paulo, em vitória por 3 a 0 no Pacaembu.
Em 2017, foram mais 29 jogos e sete gols até a grave lesão no joelho direito, sofrida em um empate por 1 a 1 com o Atlético-GO. O jovem só retornou aos gramados em 2018, mas sem repetir as boas atuações. Depois de 19 partidas e nenhum gol pelo Peixe, foi emprestado ao Dinamo de Kiev (UCR) até o meio de 2020 em troca de Derlis González, que também veio por empréstimo ao Peixe.
Essa negociação aconteceu dias antes da chegada de Cuca ao Santos. Embora tenha se entusiasmado com a chegada do meia-atacante ao São Paulo, o técnico não chegou a trabalhar com ele na Vila Belmiro.
A passagem de Vitor pelo Dinamo de Kiev foi frustrada. Ele participou de apenas três partidas oficiais, sendo uma como titular, e não era utilizado desde outubro de 2018. Foi por isso que o jogador decidiu voltar ao Brasil nessa janela. No Santos, ele tinha a resistência do presidente José Carlos Peres, que não o queria de volta e ainda dificultou a negociação com o Tricolor.
Após muito relutar, o Peixe aceitou emprestar o atleta ao rival até dezembro de 2020. Para que isso acontecesse, o São Paulo abriu mão de R$ 2,7 milhões que teria direito a receber pela venda de Cueva do Krasnodar para o Santos e Vitor Bueno abriu mão de R$ 600 mil que receberia em salários ao longo do contrato de empréstimo, valor que será repassado ao Santos.