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Tiago Volpi afirmou que Jean conversou com ele após o goleiro reserva do São Paulo pedir desculpas públicas aos jogadores e ao coordenador técnico Vagner Mancini. Jean chegou a treinar em horários alternativos por duas semanas depois que se rebelou contra Mancini e abandonou um treino. O goleiro não gostou de ser cobrado por comportamento sendo que é reserva, deixou o gramado e ainda acusou o coordenador de rixa pessoal.
“Foi uma situação que já foi resolvida, a gente tem um relacionamento muito bom e desde a pré-temporada nos damos muito bem. O assunto não teve nada a ver comigo, não foi nenhum problema pessoal, foi uma situação que já aconteceu com diversos jogadores em outros clubes. Ele sabe do que fez, pediu desculpas para todo o grupo, amadureceu muito com o que aconteceu e hoje tem procurado ajudar da melhor forma”, disse Volpi ao Fox Sports.
“A gente conversou, ele reiterou que não era nada comigo, pediu desculpas se de alguma maneira pudesse ter me afetado, mas não me afetou em nada, são coisas que a gente entende, coisas de quem quer jogar. Hoje, o relacionamento é muito bom, como é desde a minha chegada à equipe”, acrescentou.
Depois de ser reintegrado, Jean mostrou espírito coletivo ao ajudar Volpi nas cobranças de pênaltis contra o Palmeiras, na semifinal do Campeonato Paulista. O reserva levou um papel com as informações dos cobradores adversários ao titular, e, juntos, eles repassaram os detalhes. Naquela ocasião, Volpi chegou a cobrar um pênalti, defendido por Prass, mas se tornou herói são-paulino ao defender a última penalidade do Palmeiras.
“Bati como eu treinei. Eu sempre treino nos dois lados. O pênalti é algo que faço desde que fui para o México. Sempre escolho bater no lado que treinei melhor durante a semana. Eu treinei bem chapando no lado esquerdo do goleiro, mas acho que tinha alguém filmando naqueles prédios, porque o Prass saiu muito antes. Acho que alguém passou vídeo para o pessoal do Palmeiras”, falou Volpi, aos risos.
O goleiro chegou ao São Paulo por empréstimo no início desta temporada depois de passar quatro anos no México, onde defendeu o Querétaro. Ele contou que está no processo de naturalização, mas que não deseja defender a seleção mexicana.
“Eu já tinha iniciado o meu trâmite de naturalização e, com essa vinda para o Brasil, dei uma estacionada. Pretendo terminar a naturalização, mas servir a seleção mexicana é algo que eu já tinha falado que eu não aceitaria. Tenho uma identificação muito grande, minha filha nasceu no México, mas o fator de vestir a camisa da seleção eu não acho justo, porque o tema de seleção é muito sentimento. No meu caso, é mais sentimento que negócio. Não posso ver a seleção como negócio. Tenho esse carinho, respeito, mas não aceitaria vestir a camisa da seleção mexicana. Como criança, eu nunca sonhei. Não era o meu sonho de criança”, explicou.