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Felipe Brisolla
Antes do duelo contra o Bahia, pela Copa do Brasil, diretor de futebol do Tricolor concedeu entrevista.
Raí, diretor de futebol do São Paulo, concedeu entrevista ao Seleção SporTV. Entre outros assuntos, o dirigente começou falando sobre a polêmica envolvendo uma viagem a França na semana do clássico contra o Corinthians.
– Primeiro de tudo, não tenho um evento só, sou convidado para vários eventos no ano. Esse evento acontece há 16 anos, é um dos pilares da fundação. Era um dia especifico, aproveitei para marcar compromissos de trabalho. Nesse um ano e meio que passei sem férias, não fui em dois jogos. Diretor de futebol está trabalhando mesmo não estando lá – disse Raí.
– Óbvio que existe um fator momentâneo e emocional. Mas quando soube que ia cair no dia do clássico já aproveitei para marcar outros compromissos para aproveitar essa viajem. Foi muito proveitosa, bastante oportunidades boas e ricas para o São Paulo – completou.
Raí concede entrevista ao Seleção SporTV — Foto: Reprodução
Autocrítica
Questionado pelo repórter Felipe Brisolla, Raí fez uma autocrítica do trabalho que vem sendo feito no São Paulo. O dirigente, que está no comando do futebol do clube desde dezembro de 2017, ainda falou sobre o elenco.
– O São Paulo, quando eu cheguei, vinha de dois ano para ir para o rebaixamento. Ano passado conseguimos chegar no quinto lugar. Esse ano chegamos na final do Paulista. Futebol brasileiro é isso. Você ganha ou é um derrotado. Se pegar da semana passada para cá, antes do jogo do Bahia, estávamos em segundo do campeonato e dentro da Copa do Brasil. As coisas mudam muito, esperamos que mude de novo hoje – respondeu Raí.
– O time realmente caiu. O Cuca fez questão de mostrar que o time pode ter variações. Começou muito bem, estamos há muito tempo sem fazer gol, mas começamos bem. Temos que buscar uma estabilidade. Fazer alguns acertos no elenco. Mas temos um elenco rico hoje, com jovens cada vez mais se sentindo confiantes, além dos jogadores experientes, que é uma mistura vital para qualquer time – completou.
Fila e autoestima
Há sete anos sem ganhar um título – último foi a Sul-Americana de 2012 –, o São Paulo vive em constante pressão para levantar um troféu. Questionado se a seca de conquistas derruba a autoestima do time, Raí falou em construir um “antídoto”.
– Isso é uma consequência, não uma razão. O motivo vem de dez anos com essas dificuldades. Está se construindo um antídoto para isso, que é fortalecer a equipe, ganhar confiança e ter melhores resultados. São desafios que o futebol traz. O período sem vencer sempre existe um desafio maior para passar. Nesse momento você tem que mostrar competência, segurança e um time com força de reação. Não tenho dúvidas que estamos no caminho certo para isso e que os resultados vão aparecer.
Raí, diretor de futebol do São Paulo — Foto: Ricardo Moreira/BP Filmes
Lesões
Outra situação que incomoda no São Paulo é o alto número de jogadores lesionados. Para o jogo de volta contra o Bahia, pela Copa do Brasil, Cuca tem quatro desfalques por lesão. Luan, Liziero, Rojas e Pablo estão no departamento médico. Raí quer minimizar isso.
– A gente tem que tentar minimizar. O que estamos pensando é que… Primeiro, Hernanes e Pato são jogadores que estão com contratos de dois e três anos. Segundo, estamos querendo segurar os jovens. Isso faz parte do planejamento. Conseguindo ficar com esses jovens e esses mais experientes com contratos mais longos, não precisa trocar tano nas intertemporadas. Tem jogador que vem de calendário diferente, chegam diferentes e temos situações físicas diferentes. Isso traz problemas – comentou.
– Nosso esforço tem que ser esse. Estabilidade dos jogadores experientes e segurar os mais jovens, construindo uma equipe solida que vai ganhando entrosamento e identidade coletiva – finalizou.
Lesão de Liziero contra o Bahia — Foto: Marcelo Hazan