São Paulo aposta na versatilidade de atletas para suprir desfalques

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GazetaEsportiva.net

Mateus Videira

Desfalques. Essa é uma realidade que Cuca tem precisado enfrentar desde que assumiu efetivamente o comando do São Paulo. Depois de não poder contar com os recém-contratados na decisão do Campeonato Paulista, somado a nomes como Liziero e Luan, lesionados, o treinador segue sem poder utilizar força máxima nos primeiros jogos do Brasileirão também por problemas físicos. Mas na contramão disso há a versatilidade de algumas peças, exaltada pela comissão técnica.

Em entrevista coletiva concedida na última sexta-feira, na prévia do duelo com o Fortaleza na Arena Castelão, pela 4ª rodada da competição nacional, o treinador foi questionado sobre seu estilo característico de jogo no Palmeiras, conhecido como “Cucabol”, e alertou para a mudança de cenário. Nesse sentido, Cuca brincou com o rótulo e elogiou as opções que possui no São Paulo, principalmente pelas diferentes características dentro do elenco.

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O Cucabol não era pela bola longa, era pelo lateral do Moisés na área. Depois que originava a segunda bola, no rebote, cansamos de fazer gols assim. Não sei jogar só com centroavante fixo. A gente se adapta a outras condições. Aqui no São Paulo estamos tentando com Pato, Toró, esperando Pablo, Everton Felipe. São jogadores versáteis”, comentou. “Quem dera ganhasse todo ano e ficasse eternizado o Cucabol”, brincou o treinador.

Desde que chegou ao São Paulo, Cuca ainda não repetiu escalações, ora por desfalques ora por opção. Depois de estrear com o Palmeiras no Allianz Parque, o treinador mudou o time para o primeiro jogo da final diante do Corinthians por não poder contar com Liziero e Pablo. As alternativas foram Everton por dentro e Gonzalo Carneiro no comando de ataque. Para o jogo decisivo em Itaquera, outras mudanças: Jucilei e Everton Felipe, como “falso 9”.

Para a estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Botafogo, Cuca perdeu Luan, mas ganhou Tchê Tchê e Alexandre Pato, sua nova opção para o comando do ataque. Além disso, apostou no retorno de Hudson, até então lateral-direito, ao meio-campo, com Igor Vinícius atuando pelos flancos. Contra o Goiás, a expectativa era de repetição, mas o treinador escalou o jovem Toró na vaga de Igor Gomes.

No duelo contra o Flamengo, Cuca voltou a perder a opção da lateral-direita pela expulsão de Igor Vinícius, inovou com três zagueiros, entre eles o jovem Walce e Anderson Martins, substituto do lesionado Arboleda, e voltou a ter Liziero. A lesão de Pato, porém, deixou o time sem um centroavante fixo. No fim, o Tricolor ficou com a linha de quatro defensores, Hernanes desde a reta final da primeira etapa e um meio-campo mais “leve”.O Profeta, aliás, não foi escolha de Cuca para a equipe titular em nenhuma oportunidade. E o treinador explicou o motivo, alertando para a necessidade de uma recuperação completa do camisa 15. “O Hernanes está evoluindo no aspecto físico e automaticamente na autoconfiança. Jogador quando está bem a confiança aumenta. Entrou mais nesse jogo com o Flamengo, mais do que nos outros. É experiente, um ídolo, baita caráter. Com certeza vai nos ajudar”, disse.

No jogo deste domingo, contra o Fortaleza, Cuca não terá Anderson Martins e Alexandre Pato. Dessa forma, a provável escalação deve ser a seguinte: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Bruno Alves, Walce e Reinaldo; Hudson, Tchê Tchê, Liziero; Everton (Igor Gomes), Antony e Toró.