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Perrone
O balanço do São Paulo referente a 2018 mostra que o clube se comprometeu a pagar pouco mais de 28% de intermediação na venda de Éder Militão ao Porto. A fatia é praticamente três vezes superior à norma estabelecida pela agremiação de gastar entre 7% e 10% com comissões para empresários em cada transação. A demonstração financeira relativa a dezembro do ano passado registra R$ 31.500.000 pela venda de Militão e despesa de R$ 8.875 milhões com intermediação.
O blog apurou que a porcentagem acima da média ocorreu porque o clube atendeu à exigência dos empresários do jogador com receio de a negociação não ser feita e de o atleta sair de graça em janeiro de 2019, quando terminaria seu contrato. Na ocasião, em julho de 2018, a direção do São Paulo trabalhou com a informação de que o estafe de Militão não toparia a venda se recebesse menos do que esperava ganhar do Porto caso o atleta saísse do Morumbi sem custos para os portugueses.
Os dirigentes tricolores preferiram ceder e ainda amarrar a venda assegurando 10% numa futura negociação, que acabou ocorrendo. O Real Madrid já anunciou Militão como reforço para a próxima temporada. Nesse contexto, dirigentes do São Paulo afirmam internamente que diante das circunstâncias topar pagar comissão superior à de costume foi a melhor opção.
Sem contar a venda de Militão, o São Paulo arrecadou R$ 117.609.000 com a negociação de nove atletas em 2018. Nessas operações gastou R$ 8.197.000 em intermediações. A média de despesa com comissões nessas negociações foi de aproximadamente 7%. A venda mais cara registrada no documento é a de Lucas Pratto para o River Plate por R$ 49.542.000. Foram pagos R$ 3.561.00 em comissões.