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Goleiro aparece mais na má fase e dá boa resposta; contra o Cruzeiro, ele evita derrota em tarde de protestos no Pacaembu.
A melhor notícia do São Paulo no empate por 1 a 1 com o Cruzeiro, neste domingo, no Pacaembu, é a afirmação do goleiro Tiago Volpi como um dos pilares da equipe de Cuca.
Natural que esse crescimento venha na má fase técnica do São Paulo, que ainda é desorganizado em campo, permite muitas chances aos adversários e, invariavelmente, aumenta o trabalho do goleiro. Nesse contexto, Volpi deu boa resposta e foi o melhor em campo pelo Tricolor.
Numa tarde de protestos dentro e fora do Pacaembu, Volpi evitou a derrota e um clima ainda pior no estádio – antes mesmo do apito inicial, torcedores já tinham xingado diretoria e jogadores num portão, enquanto outros, de uma organizada, brigaram entre si e só foram contidos pela Polícia Militar.
Vale lembrar, aliás, que a arbitragem não marcou pênalti claro contra o São Paulo mesmo com o auxílio do VAR – um toque no braço de Anderson Martins passou ileso.
Tiago Volpi fez um de seus grandes jogos em São Paulo x Cruzeiro — Foto: Marcos Ribolli
O ambiente ruim se refletiu no gramado, com pouco apoio da torcida (apenas 7.853 pagantes), além de vaias e cobranças que se espalharam pelos 90 minutos de jogo. Os mais novos “sentiram” o jogo, como observado por Cuca em entrevista coletiva.
Mesmo assim, houve alguns bons momentos. Jogando novamente como centroavante (a pedido do técnico), Pato mostrou que pode render bem jogando perto do gol, mas desde que os companheiros o procurem. No primeiro bom passe de Reinaldo, em profundidade e cortando a linha de zagueiros, Pato apareceu para concluir e abrir o placar.
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Até aí, tudo certo. Depois, porém, o São Paulo criou pouco e não mostrou velocidade ou profundidade suficientes para levar perigo ao goleiro Fábio – salvo uma jogada com Pato, já nos minutos finais de partida. Vitor Bueno, Toró e Hernanes não se aproximaram do agora centroavante, deixando Pato, muitas vezes, desligado do jogo.
No segundo tempo, a estreia do rápido Calazans não mudou o panorama. Igor Vinícius entrou no lugar de Hudson para ser mais ofensivo pela direita, até fez boas jogadas, mas foi expulso num lance bobo, num puxão claro em David que rendeu o cartão vermelho.
Igor Vinícius sai desolado após expulsão em São Paulo x Cruzeiro — Foto: Marcos Ribolli
Dos 48 aos 54 minutos, quando soou o apito final, a tensão aumentou. Volpi salvou o São Paulo em chute de Egídio, e a torcida não se segurou: protestos, mais xingamentos e mais vaias no Pacaembu, encerrando uma tarde que só não é “para esquecer” por causa do goleiro.
Depois do jogo, entrevistas em clima de resignação resumiram o momento: o torcedor tem, sim, razão em vaiar o time recém-eliminado nas oitavas de final da Copa do Brasil e que já começa a ver o Brasileirão ficar fora de alcance.