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Não é novidade para ninguém que o grande problema do São Paulo nesta temporada é seu ataque pouco produtivo, que atualmente é o pior, em média e em números absolutos, entre os clubes de Série A. No entanto, se o setor ofensivo vai mal, não se pode dizer o mesmo sobre a defesa, que está entre as menos vazadas do país e registra índices melhores do que em anos anteriores, além de estar consolidada mesmo com desfalque.
Em 31 jogos oficiais, o Tricolor sofreu apenas 22 gols, atrás apenas de Grêmio (16) e Palmeiras (9) no ranking que reúne os 20 clubes da elite. Em média, as posições são as mesmas. O São Paulo tem 0,71 gol sofrido por partida, enquanto os gaúchos têm 0,47 e o Verdão tem 0,27.
No ano passado, os são-paulinos já haviam terminado a temporada entre as seis melhores defesas do país, com 52 gols sofridos em 64 partidas oficiais, média de 0,81 por jogo. Resultado de um trabalho que teve evolução no setor ao longo da temporada, principalmente pela consolidação de nomes como Bruno Alves e Arboleda, hoje referências absolutas na posição.
O enfoque na defesa em 2018 era um trabalho exigido pelo desastre no setor em 2017. Comparando com os outros clubes da Série A, o São Paulo dividiu a pior média de gols sofridos com Atlético-GO e Fluminense: cada um teve índice de 1,29 tento tomado por partida. Os paulistas viram 80 bolas entrarem em sua rede ao longo de 62 jogos na temporada. Rogério Ceni, Pintado e Dorival Júnior, os três técnicos ao longo do ano, não conseguiram solucionar o setor.
Em 2016, a defesa não foi tão mal quanto em 2017, mas teve média de mais de um gol por partida. Foram 71 sofridos em 70 jogos oficiais, índice de 1,01 por duelo. Dados muito próximos daqueles registrados em 2015, quando o Tricolor levou 73 tentos em 69 confrontos oficiais, média de 1,06. Números que mostram que o setor vinha sendo um problema e parece estar se ajeitando.
Além do amadurecimento técnico e tático de Bruno Alves e Arboleda, que cresceram juntos e se consolidaram como dupla, também vale destacar que o trabalho defensivo em 2019 evoluiu mesmo com o equatoriano e seu companheiro ausentes em alguns momentos. Quando substituídos por Anderson Martins e Walce, o setor se manteve em grande forma, com a ajuda do goleiro Tiago Volpi.
Diante de uma parte do time que lhe dá segurança, Cuca quer usar os treinamentos desta pausa da Copa América principalmente para arrumar o setor ofensivo, seja em campo ou com contratações. Os trabalhos começam nesta segunda-feira à tarde, no CT da Barra Funda, com a reapresentação do elenco.
Confira os números da defesa são-paulina desde 2015: 2019 – 22 gols sofridos em 31 jogos oficiais: 0,71 por jogo (3ª melhor da elite) 2018 – 52 gols sofridos em 64 jogos oficiais: 0,81 por jogo (6ª melhor da elite) 2017 – 80 gols sofridos em 62 jogos oficiais: 1,29 por jogo (pior da elite) 2016 – 71 gols sofridos em 70 jogos oficiais: 1,01 por jogo (8ª melhor da elite) 2015 – 73 gols sofridos em 69 jogos oficiais: 1,06 por jogo (10ª melhor da elite).