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Marcelo Hazan
Grupos da situação se reuniram com Leco para discutir novas práticas no CT da Barra Funda; profissionais devem sair do clube. Em reunião de diretoria, presidente fez cobrança geral.
O São Paulo analisa uma reestruturação no departamento de futebol durante a paralisação para a Copa América. Os grupos (espécies de partidos políticos) da base aliada ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, apoiam mudanças estruturais no CT da Barra Funda.
Essa reformulação vai gerar saídas de profissionais de diferentes áreas. Embora esteja pressionado, o diretor executivo de futebol Raí não teve sua demissão pedida pelos conselheiros. O técnico Cuca também não é citado, mas o trabalho está sob avaliação da direção.
Em meio à crise do São Paulo, na última terça-feira Leco fez uma cobrança geral por mais trabalho na reunião semanal de diretoria, realizada no CT.
Em tom crítico, o presidente abriu a conversa pedindo uma solução de problemas em cada área, e cobrou planejamento e resultado dos responsáveis pelos respectivos departamentos (futebol, jurídico, administrativo, financeiro, marketing e comunicação, entre outros).
Anteriormente, Leco pensava em fazer mudanças no futebol do São Paulo e teve essa ideia reforçada após quatro grupos pedirem uma reestruturação profunda no CT da Barra Funda.
Independentemente dos nomes, esse conselheiros apoiam o presidente para as decisões que forem tomadas. Mas nos bastidores cobram atitudes, pois enxergam um problema estrutural no futebol.
Na última sexta-feira, representantes dos grupos “Vanguarda”, “Legião Tricolor”, “Sempre Tricolor” e “Participação”, além do presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Abranches Pupo Barboza, se reuniram com Leco. Esses grupos representam cerca de 70 conselheiros.
Presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o técnico Cuca no CT da Barra Funda — Foto: Paulo Fischer / Estadão Conteúdo
Antes da reunião, eles haviam entregado um documento ao presidente pedindo mudança “firme e rápida” no futebol. Assinaram o documento os conselheiros Harry Massis Junior, Anselmo Cagnin Filho, Adilson Alves Martins e Osvaldo Vieira de Abreu. Os quatro e outros conselheiros também participaram do encontro.
Na conversa de mais de duas horas no Morumbi, os conselheiros não pediram demissões de profissionais específicos. Mas discutiram novas filosofias de trabalho, reavaliação do número de pessoas em cada área, funções dos diretores e o organograma do futebol, entre outros assuntos.
Além de Raí, atualmente trabalham no departamento o gerente Alexandre Pássaro, o coordenador Vagner Mancini e o diretor de relações institucionais Lugano, mais presente no dia a dia do futebol desde março.
Conselheiros querem reestruturação profunda no CT da Barra Funda — Foto: Marcelo Hazan
A folga ao elenco durante a pausa para a Copa América também foi assunto. Assim como os torcedores, os conselheiros também não gostaram do período de dez dias inicialmente planejado.
O departamento de futebol reavalia esse tempo de descanso e deverá reduzir esse número, pois as metas previstas não foram batidas. O mais provável é que os atletas tenham sete dias de folga. Eles também terão um período de duas semanas de treinos no CT da base, em Cotia.
Ainda na reunião de sexta passada, os conselheiros questionaram o trabalho do departamento médico, preparação física e fisioterapia, entre outros setores do clube. Uma das críticas dos conselheiros é sobre o número de lesões e o tempo de recuperação dos atletas.
Agora, apesar de não haver um prazo, os grupos da base esperam que mudanças sejam feitas no dia a dia do CT e que Leco se sinta apoiado para tomar as atitudes necessárias.
Conselheiros do São Paulo da situação querem mudanças profundas no CT da Barra Funda — Foto: Marcelo Prado
Situação x oposição
No fim de fevereiro, conselheiros da oposição do São Paulo se reuniram com Leco no CT da Barra Funda para pedir a saída de Raí e propor mudanças. Eles apresentaram um documento com dez pontos a serem modificados no clube.
Agora, esse novo movimento da situação pedindo uma reestruturação profunda no futebol gerou uma rusga nos bastidores do São Paulo. Isso porque os opositores reivindicam que essa pauta foi levantada por eles há três meses e meio. Conselheiros da situação dizem, no entanto, que o foco e os temas das conversas com o presidente foram diferentes.
Cada um, quer uma boquinha….
Eta chupinzada.
Se tivessem profissionalizado o clube, não estriam discutindo as dores do parto.
Amadorismo e incompetência este é o pilar da congestão Leco.