Cruzeiro se reuniu com agente por venda de Raniel antes de acordo com SPFC

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UOL

Enrico Bruno e Thiago Fernandes

Dudu Macedo/FotoArena/Estadão Conteúdo

A crise financeira vivida pelo Cruzeiro fez a diretoria liberar Raniel por um valor bem inferior à multa estabelecida em seu contrato. O clube vendeu 50% dos direitos econômicos do atacante ao São Paulo por 3 milhões de euros (R$ 12,9 milhões). A cláusula rescisória exigia pagamento de 100 milhões de dólares (R$ 379,9 milhões). O montante exigido pelo clube foi com o intuito de evitar novos atrasos em compromissos, como aconteceu em junho. Na ocasião, a diretoria demorou a quitar os salários de atletas e funcionários. Os pagamentos foram feitos em três parcelas.

Preocupados com a possibilidade de repetição do problema no decorrer de 2019, os dirigentes se reuniram na última quinta-feira (27) com o agente André Cury, que possuía exclusividade em uma eventual transferência do atleta, para falar sobre o tema. A venda ao Morumbi começou a se tornar uma possibilidade concreta naquele momento. Mas antes a ideia era liberá-lo para melhorar o caixa do clube. Diante da necessidade de fazer dinheiro, o empresário negociou com o São Paulo com a incumbência de receber o valor à vista. Ele fechou o negócio em 3 milhões de euros (R$ 12,9 milhões) por 50% dos direitos econômicos.

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O pagamento deve ser feito nos próximos dias, depois que Raniel for aprovado nos exames médicos no Morumbi. A ideia dos mineiros é usar o montante para manter todas as contas em dia na Toca da Raposa II. No planejamento da diretoria, também está a venda de Lucas Romero, negócio que também deve contar com a participação de André Cury. O argentino recebeu uma oferta do Cruz Azul, do México, avaliada em 5 milhões de dólares (R$ 19 milhões na cotação atual) há três meses. A diretoria, à época, recusou a proposta.