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Adversários na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, a primeira depois da Copa América, São Paulo e Palmeiras fizeram um duelo decisivo pelo título do Brasileirão em outubro do ano passado, na 28ª rodada. No Morumbi, o Verdão não só quebrou um longo tabu, como deu mais um grande passo rumo à conquista e praticamente acabou com as chances do Tricolor.
Vindo de três empates consecutivos (contra Santos, América-MG e Botafogo), o São Paulo precisava da vitória para se recolocar como um dos fortes candidatos ao troféu, status que chegou a ter quando assumiu a liderança da competição. O Tricolor apostava na força de sua torcida e no tabu de 16 anos sem perder para o rival no Morumbi.
O Palmeiras, por outro lado, defendia uma série de 12 jogos sem derrota e estava em um grande momento, já ocupando a primeira posição. Contudo, apesar de encarar o Choque-Rei como confronto direto, o técnico Felipão escalou apenas quatro titulares (Weverton, Moisés, Felipe Melo e Dudu).
E os reservas do clube alviverde deram conta do recado. Letal, o Verdão aproveitou a falta de eficiência dos setores ofensivo e defensivo do Tricolor e foi cirúrgico no primeiro tempo. Sem sofrer muito na defesa, o Palmeiras abriu 2 a 0 nos últimos 15 minutos da primeira etapa, com Gustavo Gómez e Deyverson, ambos de cabeça.
Um lance de Sidão retratou exatamente o nível técnico do futebol apresentado pelo São Paulo. Aos nove minutos de jogo, o goleiro foi repor a bola, mas a soltou, deixando-a livre para Deyverson. O atacante bateu e o arqueiro espalmou fora da área, porém o árbitro não viu e não marcou a falta.O segundo tempo foi irretocável pelo lado do Palmeiras. Vendo o adversário falhar na criação e nas jogadas trabalhadas, a equipe se postou bem na defesa e não deu espaço para os donos da casa. No entanto, faltando eficiência nas finalizações, o Verdão não conseguiu concluir os contra-ataques e ampliar a vantagem, mantendo o 2 a 0 no placar final.
Com o importante triunfo, o Palmeiras abriu três pontos de vantagem para o vice-líder Internacional e elevou a moral da equipe, abrindo o caminho para o título do Campeonato Brasileiro e quebrando o tabu na casa do rival. O São Paulo, por sua vez, passou a acumular mais resultados ruins do que bons, culminando na demissão de Diego Aguirre e no insucesso na busca pelo objetivo de se classificar à Copa Libertadores de forma direta.