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Alexandre Lozetti e Marcelo Hazan
Diretor executivo foi sondado para projeto olímpico da CBF, mas conversa sequer evoluiu. Raí tem meta de repor Tricolor nos trilhos e quer permanecer no Morumbi.
Raí, diretor executivo de futebol do São Paulo, foi informado durante a Copa América de um possível interesse da CBF na sua participação no projeto olímpico da seleção brasileira que vai tentar o bicampeonato em 2020, no Japão.
A imediata recusa de Raí, que não cogita deixar o São Paulo, principalmente enquanto não considerar concluída sua missão de recolocar o clube nos trilhos, impediu qualquer evolução da sondagem.
Na última terça-feira, o presidente corintiano Andrés Sanchez disse em entrevista à “Fox Sports” que o dirigente do São Paulo havia se oferecido ao cargo de coordenador de seleções, antes ocupado por Edu Gaspar. O dirigente rebateu Sanchez, e a CBF publicou nota oficial desmentindo contato com Raí para que ele virasse coordenador da Seleção.
Rai e Taffarel: Seleção treinou no CT do São Paulo durante a Copa América — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Durante a Copa América e a busca de um novo coordenador para o lugar de Edu Gaspar, agora no Arsenal, o nome de Raí foi citado por mais de uma pessoa da CBF.
A reportagem apurou que sua experiência como jogador, tetracampeão mundial em 1994, e também gestor se encaixaria no perfil buscado pelo presidente Rogério Caboclo para cargos executivos. Mas Juninho Paulista foi um nome de consenso para a vaga.
Rogério Caboclo tem boa relação com Raí: é conselheiro do São Paulo e filho do ex-diretor do clube, Carlos Caboclo, também conselheiro.
Marco Aurélio Cunha divulga conversa com Raí, na qual dirigente descarta trabalhar na CBF — Foto: Reprodução / instagram
Na última terça-feira, o coordenador de seleções femininas da CBF, ex-diretor de futebol do São Paulo e conselheiro do clube, Marco Aurélio Cunha, defendeu Raí após as declarações de Sanchez. Ele divulgou uma conversa na qual o dirigente descarta trabalhar na CBF.
Futuro no São Paulo
Raí quer ficar no São Paulo – o diretor disse que não troca o clube por nada. Seu contrato vai até o fim do ano no Morumbi, quando a continuidade para 2020 será avaliada. O mandato do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, vai até dezembro do próximo ano.
Raí está convicto da permanência e empenhado em buscar uma reviravolta no São Paulo. No primeiro semestre, o time foi vice-campeão paulista (perdeu a final para o Corinthians), e caiu na Copa Libertadores (segunda fase) e Copa do Brasil (oitavas de final).
No primeiro semestre, conselheiros da oposição pediram a demissão de Raí e outros da situação defenderam a permanência. Leco bancou o diretor no cargo. Antes da paralisação para a Copa América, sem citar nomes, conselheiros aliados a Leco pediram uma “profunda reestruturação” no CT da Barra Funda. Houve saídas do preparador Carlinhos Neves (pediu demissão), de um analista de desempenho e de um funcionário do administrativo.