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A vitória por 4 a 0 sobre a Chapecoense, na última segunda-feira, era tratada como essencial, não só pelos três pontos, mas por outros fatores que o LANCE! mostra
Não é exagero dizer que a goleada por 4 a 0 sobre a Chapecoense mudou algumas “chaves” no São Paulo, mesmo que ainda exista o entendimento de que ajustes e acertos precisam ser feitos. A repercussão até agora da vitória tem suas motivações, já que ela não valeu apenas os três pontos, mais sim outros fatores importantes e incômodos que, para o técnico Cuca, foram tocados de uma só vez. A intenção é que essa onda continue no Brasileirão.
Após o duelo, em coletiva de imprensa, o treinador são-paulino ponderou os pontos que vieram de carona com o resultado. Entre eles estão a prova da força do elenco, a melhora nos números de ataque, a confirmação da solidez defensiva, a subida na tabela e a quebra do jejum de vitórias.
– Hoje (segunda-feira) tinha muita coisa em jogo. Não era uma partida só em jogo. Tinham sete posições em jogo. Você pula de 12º para uma zona de luta pela Libertadores. Você pula de seis partidas sem vencer para cinco invicta. Você pula de um ataque muito ruim para um ataque bom, com uma das três melhores defesas do campeonato. Ela se junta com o grande jogo que fizemos contra o Palmeiras. Dá moral. Confiança é importantíssimo. Agora é trabalhar para fazer um grande jogo lá no Rio – declarou Cuca, antes de completar:
– Temos que ter diversas formas. Um dia vai dar, no outro não vai encaixar o outro. Por isso temos um grupo de jogadores para ser utilizados, com características diferentes. Não é porque pusemos esse ou aquele que ganhamos, quem saiu também ganhou. Estamos na fase final da formatação de um grupo, para criar uma identidade nossa.
Confira, em tópicos, o que Cuca quis dizer com cada uma dessas questões:
SUBIDA NA TABELA
Antes de a 11ª rodada do Brasileirão ter início, o São Paulo ocupava a 9ª posição na tabela, com 15 pontos, 11 atrás do líder Palmeiras. Com os resultados de sábado e domingo, caiu para o 12º lugar e um jogo a menos, mas com a noção de que, com uma vitória, subiria sete posições e passaria a estar em uma zona de Libertadores. Foi o que aconteceu e agora ocupa o 5º posto.
LONGO JEJUM VIROU GRANDE INVENCIBILIDADE
Havia algo que sem dúvidas incomodava demais o são-paulino e todos os envolvidos com o clube: o jejum de vitórias. Mesmo com a ideia de que o time melhorou depois da parada, vencer ainda era necessário. Antes do apito inicial contra a Chape, o Tricolor não vencia há oito jogos, sendo que os quatro últimos foram empates. Sendo assim, o jejum de oito jogos sem vitória passaria a ser uma invencibilidade de cinco jogos sem perder. Foi o que aconteceu.
ATAQUE MELHORA NO BRASILEIRÃO
Na comparação com os outros clubes de Série, o São Paulo tem o pior ataque da temporada, somando jogos oficiais. No Brasileirão a tendência continuou. Antes da 11ª rodada, o clube ocupava a posição de quinto pior ataque do campeonato com nove gols. No entanto,o 4 a 0 sobre a Chape fez o Tricolor saltar para o status de oitavo melhor ataque da competição, com 13 gols.
DEFESA CONFIRMA BOA FASE E SOLIDEZ
Mesmo com os problemas que o time apresentou no primeiro semestre, algo que Cuca parecia ter acertado era a defesa, que já passava a figurar entre as melhores do ano comparando com os clubes de Série A, e entre as melhores do Brasileirão. Tanto é que o São Paulo entrou na 11ª rodada com a terceira defesa menos vazada com apenas seis gols sofridos. Após passar ilesa na última segunda-feira, deixou a do Corinthians para trás e assumiu a segunda posição, atrás somente do setor defensivo do Palmeiras, que levou cinco tentos.
FORÇA DO ELENCO COMEÇA A APARECER
São poucos aqueles clubes que podem ter uma gama de bons jogadores como o São Paulo possui nos dias atuais, o problema era isso não ser refletido dentro de campo, sem os resultados, prejudicados também pela sequência de treinadores com trabalhos interrompidos. Com Cuca, isso parece começar a mudar, e teve uma primeira amostra contra a Chape, quando mudou significativamente o time entre um tempo e outro, e o nível aumentou, mesmo com a saída de Pato, uma das principais contratações da temporada. Sem contar a possibilidade de variar as peças sem fazer substituições.