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Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan
Veja de onde o Tricolor espera pagamentos para regularizar os vencimentos dos atletas
As vendas do zagueiro Maicon, dos volantes Thiago Mendes e Petros, do atacante Lucas Pratto e do lateral Éder Militão podem ajudar o São Paulo a quitar os direitos de imagens atrasados dos atuais jogadores do Tricolor.
As cláusulas nos contratos de negociação desses atletas chegam a somar R$ 40,8 milhões que o São Paulo ainda tem a receber. As quantias vão desde o mecanismo de solidariedade da Fifa até parcelas atrasadas de venda.
Explicamos abaixo os detalhes:
- Thiago Mendes: o Lille, da França, ainda deve R$ 2,2 milhões ao São Paulo. A quantia é referente a uma cláusula no contrato de venda do volante. Nele, estava previsto que, caso o volante atingisse determinado número de jogos e o clube se classificasse para a Liga dos Campeões, o Tricolor faturava.
- Maicon: assim como Thiago Mendes, o zagueiro também atingiu um determinado número de jogos e ajudou o Galatasaray, da Turquia, a se classificar para a Liga dos Campeões. No caso de Maicon, o São Paulo tem a receber 250 mil euros (cerca de R$ 1,1 milhão).
- Petros: falta receber a segunda parcela da venda do volante para o Al Nassr, da Arábia Saudita, no valor de US$ 1,5 milhão de dólares (cerca de R$ 5,7 milhões). O pagamento está atrasado desde o dia 30 de março.
- Lucas Pratto: o São Paulo ainda tem a receber duas parcelas de 2 milhões de euros (cerca de R$ 8,7 milhões) pela venda do atacante argentino ao River Plate.
- Éder Militão: o clube tinha direito a 10% de uma futura negociação e ganhará 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 20,5 milhões) pela negociação entre Porto e Real Madrid. O clube português já pagou R$ 3,9 milhões, faltando assim R$ 16,6 milhões. Há também 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) a serem pagos pelo Real Madrid referentes ao mecanismo de solidariedade da Fifa.
Éder Militão saiu do Porto para o Real Madrid — Foto: AFP
A entrada dos valores descritos acima ajudaria a resolver o problema de fluxo de caixa e, consequentemente, colocaria em dia os pagamentos de direitos de imagem atrasados (há atletas que estão há dois meses e outros há três sem receber).
O Tricolor costuma pagar pacotes de três meses para jogadores que recebem parte dos salários nos direitos de imagem. Para esses atletas, o valor representa 30% do salário.
Há um consenso no clube que os prejudicados por essa situação entenderam a questão e isso não está afetando no dia a dia do clube. O São Paulo ainda não tem uma data definida para o pagamentos dos valores.
Leco está pressionado pela crise financeira e pela falta de resultados no futebol — Foto: Paulo Fischer / Estadão Conteúdo
Crise financeira
O problema financeiro do São Paulo ocorre por alguns motivos. As trocas de treinadores e as seguidas reformulações de elenco geraram no total 11 contratações para 2019.
Além disso, as eliminações na Copa Libertadores e na Copa do Brasil fizeram o São Paulo ter de readequar seus gastos. O clube contava em seu orçamento com a classificação até as quartas de final dos dois torneios, o que renderia dinheiro em premiações e bilheteria.
Desde a contratação do técnico Cuca, o São Paulo discute uma redução dos gastos no futebol. A saída de Diego Souza teve a ver com essa mudança de perfil, pois o treinador quer trabalhar com um grupo mais jovem. A transferência do centroavante também aliviou a folha salarial.
Esse também é um dos motivos para o clube liberar Nenê, Jucilei e Bruno Peres da reapresentação com o grupo, em Cotia. Biro Biro, por sua vez, rescindiu contrato.
Na noite da última terça-feira, o Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou, por maioria de votos, o empréstimo com alguns bancos. Mas esse dinheiro não está no plano para pagamento dos direitos de imagem atrasados.
Este lixo do Leco e do Raiguevara, deveriam pedir demissão por incompetência.
Entretanto quando este dinheiro chegar os dois já torraram com a contratação de perebas.
Fora Leco, o pior presidente da história.