GloboEsporte.com
Eduardo Rodrigues
Tricolor encara o Palmeiras, no dia 13 de julho, no Morumbi, pela décima rodada do torneio.
Marcelo Hazan
O São Paulo deseja pagar os valores de direitos de imagem em atraso dos jogadores até o retorno do Brasileirão, no dia 13 de julho, quando o Tricolor enfrenta o Palmeiras, às 19h, no Morumbi, pela décima rodada.
Segundo a diretoria do São Paulo, apenas 20% dos atletas enfrentam esse problema. O clube costuma pagar pacotes de três meses para jogadores que recebem parte dos salários nos direitos de imagem. Para eles, o valor representa 30% do salário.
– O São Paulo tem efetivamente mudado um pouco sua forma de atuar com relação à estratégia de pagamento de imagem. Isso tudo discutido com a diretoria de futebol. Nós entendemos que tem de ser levado em consideração a meritocracia, ou seja, imagem diretamente relacionada a resultados e desempenho. Evidentemente o São Paulo tem de pagar, mas pode decidir quando pagar em função dos resultados. E eles não foram satisfatórios com a saída da Libertadores e Copa do Brasil – afirmou o diretor financeiro do São Paulo, Elias Barquete Albarello, ao GloboEsporte.com.
– Junto a esse impacto a essa nova definição, a nova forma de atuar, deixamos de pagar algumas imagens ao longo dos últimos dois meses, algumas coisas específicas, mas pagamos premiação do Paulista por ser vice-campeão. Isso tudo está em dia, salários em dia, e as imagens decorrido desse tempo não foram pagas no início porque não tivemos logro, porque não houve resultado. Agora serão pagas. Esse problema somente de fluxo de caixa aliado à nova forma de pagamento baseada em meritocracia, vamos pagar agora isso. Não há porque se temer ou se falar em atraso, muito menos em termo de impacto no clube, porque campeonato inicia dia 13 ou 14 e isso terá sido saldado – completou Elias Barquete.
Diretor Financeiro do São Paulo, Elias Barquete Albarello — Foto: Marcelo Prado
O tema foi conversado abertamente com os atletas, e a diretoria diz que todos compreenderam o momento vivido pelo clube. Os representantes de jogadores consultados pela reportagem e pessoas do Tricolor também sinalizaram a compreensão do problema de caixa e não temem um “calote”.
O São Paulo espera receber dinheiro de vendas anteriores para quitar as pendências. O valor mais próximo de entrar nos cofres são-paulinos é o da segunda parcela da venda do volante Petros ao Al Nassr, da Arábia Saudita. O pagamento no valor de US$ 1,5 milhão de dólares (cerca de R$ 5,7 milhões) está atrasado desde o dia 30 de março.
A expectativa do clube do Morumbi é ter esse dinheiro ainda essa semana. Além disso, o Tricolor ainda tem a receber:
- Lucas Pratto: duas parcelas de 2 milhões de euros (cerca de R$ 8,7 milhões) pela venda ao River Plate.
- Éder Militão: o clube tinha direito a 10% de uma futura negociação e ganhará 4,5 milhões de euros (cerca de R$ 20,5 milhões) pela negociação entre Porto e Real Madrid. O clube português já pagou R$ 3,9 milhões, faltando assim R$ 16,6 milhões. Há também 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) a serem pagos pelo Real Madrid referentes ao mecanismo de solidariedade da Fifa.
- Thiago Mendes: o Lille, da França, ainda deve R$ 2,2 milhões ao São Paulo. A quantia é referente a uma cláusula no contrato de venda do volante. Nele, estava previsto que, caso o volante atingisse determinado número de jogos e o clube se classificasse para a Liga dos Campeões, o Tricolor faturava.
- Maicon: assim como Thiago Mendes, o zagueiro também atingiu um determinado número de jogos e ajudou o Galatasaray, da Turquia, a se classificar para a Liga dos Campeões. No caso de Maicon, o São Paulo tem a receber 250 mil euros (cerca de R$ 1,1 milhão).
São Paulo tem parcela a receber da venda de Petros — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net