LANCE
Daniel, que deve fazer sua estreia no domingo, pode jogar na lateral, na ponta ou no meio. Quase metade do time pode mudar de posição durante o jogo, como Cuca gosta
O São Paulo recheou seu elenco com jogadores dotados de uma característica que entusiasma o técnico Cuca: a versatilidade, que permite variações táticas e de posicionamento sem que seja necessário fazer substituições, algo que já foi visto na vitória por 3 a 2 sobre o Santos e vai se intensificar no domingo, contra o Ceará, no Morumbi, em jogo que começa às 16h e deve marcar as estreias de Daniel Alves e Juanfran, outros dois polivalentes – o espanhol ainda precisa aparecer no BID antes.
– Eu adoro isso. Gosto muito de ter times versáteis, de poder mudar esquemas dentro do jogo sem fazer trocas. E eles (Daniel Alves e Juanfran) vão me propiciar isso, porque são jogadores versáteis. O Daniel joga na segunda linha pelo lado direito, joga de segundo volante e joga na meia também. E é o lateral-direito da Seleção. Então ele te preenche muitos lugares do campo. O Juanfran também, já jogou de ala, já jogou de zagueiro, já jogou de lateral, de segundo volante… Abrem o leque para você poder treinar primeiro e depois fazer as opções táticas – disse Cuca.
O técnico ainda não fez um ensaio da formação titular para enfrentar o Ceará, mas Juanfran tem ocupado a lateral direita nos trabalhos da semana, enquanto Daniel Alves está atuando pela faixa central do gramado. O espanhol, portanto, é candidato a tomar a vaga de Igor Vinícius, enquanto o novo camisa 10 pode aparecer no lugar de Luan. Com isso, faria dupla de volantes com outro atleta muito versátil, Tchê Tchê.
Na vitória sobre o Santos, Tchê Tchê foi praticamente um meia ao lado de Everton no primeiro tempo e passou a ser primeiro volante após o intervalo, quando Luan saiu para a entrada de Hernanes. Deu muito certo.
– No primeiro tempo eu joguei com dois meias, que são o Tchê Tchê e o Everton, e com o Luan de volante. Eu abri mão do 10, que é o Hernanes, para ter o 8,5, que é o Everton, que vai cutucar de ponta de lança, com um estilo diferente, pela intensidade. No segundo tempo, usei o 10, mas não abri mão do 8,5 que era o Everton e nem do Tchê Tchê, que era quem iniciava a saída de bola. Mexemos nas peças para dar mais jogo, lógico que correndo mais risco de tomar contra-ataque, mas melhoramos a postura ofensiva também – explicou Cuca.
Everton também agrada pela versatilidade. Ele iniciaria o clássico aberto pela ponta esquerda, com Alexandre Pato e Raniel como atacantes. Quando Cuca percebeu que Sampaoli havia montado uma linha de quatro defensores, e não de três, decidiu abrir Pato pela esquerda (onde ele teria que marcar Lucas Veríssimo, zagueiro improvisado na lateral que não o faria se desgastar na marcação) e utilizar Everton pelo meio.
Neste cenário, um possível São Paulo para domingo teria Tiago Volpi, Juanfran (Igor Vinícius), Bruno Alves, Anderson Martins (Arboleda está suspenso) e Reinaldo; Tchê Tchê, Daniel Alves e Everton; Antony, Pato e Raniel. Tanto o posicionamento quanto os nomes podem ser diferentes. Opções não faltam.