GazetaEsportiva
Tiago Salazar
A camisa 10 do São Paulo não é apenas simbólica. O reforço tricolor estreou neste domingo e, de fato, ocupou uma posição central na equipe, no meio de campo, atrás dos atacantes. É uma nova maneira de atuar do atleta de 36 anos, que se diz preparado e sem receio de que o abandono da lateral lhe traga prejuízo na Seleção Brasileira.
“Não, não projetei isso, apenas quando decidi vir para o São Paulo, decide vir para a equipe e disposto a ajudar em todas as posições que eu consigo nominar. Não é uma preocupação minha nesse aspecto, até porque os resultados que eu dou na Seleção é totalmente diferente. Domino bastante posições em campo, sempre joguei no meio campo, fui voltando para a lateral e acabei construindo minha história no futebol na lateral, mas são posições que eu posso jogar”, comentou Daniel.
Para o técnico Cuca, a ideia realmente não atrapalhar os planos de sua nova estrela na Seleção de Tite. Por isso, o treinador do São Paulo cogitou até entrar em contato com o comandante da equipe canarinho.
“Acho que não impacta, porque ele é um jogador versátil. Até pensei nisso já, se tem reflexo negativo, pensei em falar com próprio Tite por causa disso, e o próprio Daniel sabe que aqui é uma situação e na Seleção é outra. Hoje pensei em colocar ele numa linha de frente pela direita e mudar o Antony de lado. Quando fez o gol, a gente não viu necessidade”, revelou Cuca, que após a vitória sobre o Ceará deu maiores explicações sobre de que maneira pretende aproveitar Daniel Alves.“Não queremos ele jogando de costas. Tenho Tchê Tchê e Liziero, e ele eu posso ter ele numa meia por um lado e o Liziero no outro. Você não vai jogar de costas, vai pelo lado, vai ter infiltrada, como o gol de hoje. Requer tempo, treinamento. Foi um início hoje, jogou bem, fez o gol e vai jogar muito melhor na sequência, não tenha dúvida”.