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Daniel Alves no São Paulo se junta a gigantes que retornaram no auge ou causaram impacto: Romário, Ronaldo, Ronaldinho, Zico, Sócrates…
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O anúncio da contratação de Daniel Alves pelo São Paulo causou imediatamente repercussão mundial. E também uma pergunta: seria a maior repatriação do futebol brasileiro nos últimos tempos?
Aos 36 anos e sem sinais de queda, Daniel Alves volta ao Brasil como capitão da Seleção, campeão da Copa América e ainda desejado por clubes europeus. No passado, outros gigantes foram repatriados em situações semelhantes – ou causaram impacto mesmo vindo de temporadas não muito boas.
O GloboEsporte.com lista abaixo outros 21 grandes que o Brasil repatriou (a ordem é cronológica, do mais recente ao mais antigo):
Kaká (São Paulo, 2014)
Foram 11 anos longe do Morumbi até o retorno, em julho de 2014. Kaká, aos 32 anos, decidiu voltar depois de passagens longas por Milan e Real Madrid e uma eleição de melhor do mundo, em 2007. Diante de mais de 20 mil torcedores no Morumbi, recebeu a camisa 8 e foi recepcionado por Rogério Ceni e Luis Fabiano, outros ídolos que estavam no clube à época. Foram apenas seis meses no Tricolor, já que ele tinha firmado transferência ao Orlando City – foi vice-campeão brasileiro e ajudou a levar o São Paulo à Libertadores.
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Após 11 anos, Kaká volta ao São Paulo: “Dia muito especial”
Alex (Coritiba, 2013)
Criado e revelado no Coxa, Alex, um dos maiores meio-campistas dos últimos tempos no futebol brasileiro, retornou ao país em 2013, após estrondoso sucesso no Fenerbahçe, da Turquia (Nota da Redação: o editor aqui havia se esquecido do craque na primeira versão deste texto e pede desculpas por tamanho vacilo, prontamente contornado quando se deu conta do absurdo).
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O retorno do ídolo: Alex reestreia pelo Coritiba em amistoso contra o Colón
Alexandre Pato (Corinthians, 2013)
Depois de “cinco anos maravilhosos” no Milan, Pato, então com 24 anos, chegou ao Timão em janeiro de 2013 e seria a peça que faltava a um time que havia sido campeão do Mundial de Clubes um mês antes. O investimento foi alto (R$ 40 milhões pagos ao Milan, na cotação da época), e o marketing apostou em campanhas com ele. Dentro de campo, porém, o retorno foi bem mais modesto: poucos gols, um pênalti decisivo perdido contra o Grêmio e troca com o São Paulo por Jadson apenas um ano depois da apresentação.
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Alexandre Pato se apresenta no Corinthians
Ronaldinho (Flamengo, 2011)
“Agora eu sou Mengão!”. A frase com sotaque inconfundível diante de mais de 20 mil torcedores na Gávea abalou o futebol brasileiro no início de 2011. Enquanto o Fenômeno se aposentava, o outro Ronaldinho voltava ao país depois de uma década na Europa, entre Paris Saint-Germain, Barcelona (o auge) e Milan. Aos 30 anos, ainda tinha disposição para brilhar – o que fez no Flamengo, mas mais ainda no Atlético-MG, para onde foi em 2012, apenas um ano depois daquele dia ao lado de Ivo Meirelles e da então presidente Patrícia Amorim.
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Ronaldinho Gaúcho é apresentado à torcida do Flamengo
Juninho Pernambucano (Vasco, 2011)
“Momento especial por poder resgatar e trazer de volta um dos maiores ídolos do Vasco da Gama”, disse Roberto Dinamite, então presidente do clube, ao apresentar Juninho em junho de 2011. O acordo já havia sido firmado meses antes, na saída do craque do Al-Gharrafa, do Catar, e tinha uma cláusula que fez Juninho se firmar de vez entre os gigantes vascaínos: com o clube em crise financeira, aceitou receber apenas um “salário mínimo”: R$ 600. Mais bonificações, claro.
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O retorno de Juninho Pernambucano ao Vasco
Deco (Fluminense, 2010)
O paulista de São Bernardo do Campo fez apenas dois jogos como profissional do Corinthians até rumar para Portugal. Fez tanto sucesso por lá que acabou se naturalizando português. Foram 14 anos na Europa, até ser repatriado pelo Fluminense, em 2010, onde ficou até 2013, quando encerrou a carreira (com dois títulos do Brasileirão pelo clube carioca).
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Deco é apresentado pelo Fluminense e diz que voltar o jogar no Brasil era um sonho
Robinho (Santos, 2010)
Um projeto em que todos ganharam: aos 26 anos, mas em baixa no Manchester City, Robinho queria jogar a Copa do Mundo de 2010. E o Santos precisava de um ídolo para proteger Neymar, Ganso e um time cheio de Meninos da Vila. Na apresentação, a Vila Belmiro encheu para ver o ídolo, que chegou de helicóptero ao lado de Pelé e acompanhou show da banda Charlie Brown Jr. Em campo, deu resultado: Robinho brilhou, venceu um Paulistão e uma Copa do Brasil e foi titular da Seleção no Mundial disputado na África do Sul.
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Robinho chega à Vila Belmiro acompanhado por Pelé
Roberto Carlos (Corinthians, 2010)
Para quem já tinha o Fenômeno, por que não tentar a contratação do maior lateral-esquerdo do mundo? Foi com esse espírito que o Corinthians, na época com um departamento de marketing trabalhando a mil, partiu atrás de Roberto Carlos. É verdade que ele já não estava no auge – após 11 anos no Real Madrid, passou duas temporadas no Fenerbahçe, da Turquia. Mas, tal qual Daniel Alves agora, ainda tinha muitas propostas para permanecer na Europa. E preferiu voltar ao Brasil.
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Roberto Carlos é recebido com festa no Corinthians
Ronaldo (Corinthians, 2008)
Essa é histórica. Quando começou o “papo de Ronaldo no Corinthians”, teve jornalista que desdenhou, ironizou, debochou. Mas era tudo verdade. O plano de marketing montado pelo então diretor Luis Paulo Rosenberg deu certo e viabilizou a contratação do Fenômeno, que estava em baixa no Milan, após mais uma lesão séria de joelho. Havia muitas dúvidas sobre a forma física e o foco esportivo de Ronaldo. Mas ele brilhou muito no Corinthians. Ganhou um Paulistão (com golaços na Vila Belmiro) e uma Copa do Brasil. Acabou se aposentando, porém, após a eliminação na fase prévia da Libertadores para o Tolima, em 2011, na Colômbia.
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Ronaldo é apresentado à torcida do Corinthians
Adriano (São Paulo, 2008, e Flamengo, 2009)
Grandes repatriações fazem parte da história do São Paulo. Em 2008, foi a vez de o Imperador dar um tempo na carreira internacional e voltar ao futebol brasileiro. Foram apenas seis meses, mas bom para os dois lados: o São Paulo ganhou um craque (17 gols em 28 jogos), e Adriano reconquistou a confiança, que andava em baixa por problemas com alcoolismo e desentendimentos com o então treinador da Inter de Milão, Roberto Mancini.
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São Paulo apresenta o artilheiro Adriano
Depois de seis meses de empréstimo ao São Paulo, Adriano voltou para a Itália e, de lá, para o Flamengo, seu clube do coração e onde foi revelado. No Fla ele arrebentou, sendo fundamental na conquista do Campeonato Brasileiro de 2009 – foi artilheiro da competição com 19 gols, ao lado de Diego Tardelli, do Atlético-MG.
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Adriano volta e leva a torcida do Flamengo ao delírio
Zé Roberto (Santos, 2006)
Titular da seleção brasileira na Copa do Mundo que havia acabado de acabar, Zé Roberto foi o grande reforço do futebol brasileiro em 2006, emprestado pelo Bayern de Munique. Brilhou muito com a camisa 10 do Santos, como nestes 3 a 0 sobre o Flamengo:
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Em 2006, Santos faz 3 a 0 sobre o Flamengo na Vila Belmiro pelo Brasileirão
Rivaldo (Cruzeiro, 2004)
Camisa 10 da seleção brasileira nas Copas do Mundo de 1998 e 2002, eleito o melhor jogador do planeta em 1999, Rivaldo chegou em janeiro de 2004 ao Cruzeiro, time que havia assombrado o Brasil na temporada anterior com a Tríplice Coroa (Brasileirão, Copa do Brasil e Campeonato Mineiro). O responsável pela contratação foi Vanderlei Luxemburgo. Era para ser um projeto de sucesso. Mas Luxa acabou sendo demitido em fevereiro, após uma derrota para o Atlético-MG num clássico mineiro, e Rivaldo, em solidariedade ao amigo e treinador, pediu para sair. Fez só dois gols em 11 jogos com a camisa do Cruzeiro.
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Em 2004, Rivaldo se apresenta ao Cruzeiro e elogia a estrutura do clube
Edmundo (Vasco, 1999)
Em valores corrigidos pela inflação, a contratação de Edmundo em 1999 foi a segunda mais cara da história do futebol brasileiro, perdendo apenas para a de Tévez pelo Corinthians em dezembro de 2004 (veja aqui a explicação de Rodrigo Capelo): R$ 99 milhões, com a correção. Na segunda metade dos anos 90, Edmundo era, de longe, o maior jogador em atividade no Brasil, sendo responsável direto pelo título brasileiro de 1997 (29 gols em 28 jogos). Foi vendido para a Fiorentina por 9 milhões de dólares. Mas acabou se desentendendo com técnico e colegas de time, largou tudo para vir passar o Carnaval no Rio de Janeiro em 1999… e acabou sendo vendido de volta para o Vasco pela quantia de US$ 15 milhões.
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Em 1999, Edmundo comenta sobre sua volta ao Vasco
Raí (São Paulo, 1998)
Esta história é tão surreal que a gente pediu para o próprio Raí fazer um texto, contando o retorno ao seu clube do coração em meio às finais do Campeonato Paulista – quando ele fez gol e foi decisivo na conquista sobre o rival Corinthians.
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Em 1998, Raí volta da França, joga a final do Paulista e lidera Tricolor contra o Timão
Cafu (Juventude/Palmeiras, 1995)
Esta repatriação foi polêmica. No início dos anos 90, um único clube rivalizava em força com o São Paulo de Telê Santana: o Palmeiras, com o patrocínio da Parmalat. Em 1994, Cafu foi vendido pelo Tricolor para o Zaragoza, da Espanha, e o temor de que ele rapidamente aparecesse no rival fez o São Paulo incluir uma cláusula proibindo o clube espanhol de negociá-lo com o Palmeiras. Resultado: quem o trouxe de volta para o Brasil foi o Juventude, o outro clube da Parmalat no país, onde ficou por apenas dois jogos antes de, enfim, completar sua chegada ao Palmeiras, onde fez parte de um esquadrão que assombrou o país no início de 1996, capaz de golear o Santos por 6 a 0 na Vila Belmiro – Cafu deixou sua marca nessa partida:00:00/00:00
Em 1996, Palmeiras arrasa Santos por 6 a 0 pelo Paulistão
Romário (Flamengo, 1995)
Campeão do mundo um ano antes, o Baixinho poderia jogar onde quisesse – vinha de ótima temporada pelo Barcelona e era o melhor jogador do mundo, eleito pela Fifa. No início de 95, desembarcou no Rio de Janeiro como a grande contratação do centenário do Flamengo e levou milhares de rubro-negros às ruas, que acompanharam o craque em um desfile em carro aberto pela cidade.00:00/00:00
Em 1995, Romário era recebido por milhares de flamenguistas no Rio de Janeiro
Taffarel (Atlético-MG, 1995)
O goleiro campeão mundial com a seleção brasileira em 1994 estava na reserva do Parma, da Itália, e topou o convite do Galo. Foi recebido com festa e retribuiu o carinho com grandes atuações.00:00/00:00
Em 1995, Taffarel é recebido com festa pela torcida do Atlético-MG
Sócrates (Flamengo, 1986)
Com Zico, o 10 da seleção brasileira, se recuperando de grave lesão (ver abaixo), o Flamengo foi atrás do camisa 8, Sócrates. Ele também estava no futebol italiano, na Fiorentina, onde passou apenas uma temporada. Sua estreia no Fla teve Zico em campo, em 16 de fevereiro de 1986, foi contra o Fluminense, no Maracanã com mais de 84 mil pessoas.00:00/00:00
Baú do Esporte relembra goleada do Flamengo sobre o Fluminense no Carioca de 1986
Zico (Flamengo, 1985)
Depois de dois anos na Udinese, o Galinho voltou para o Fla em 1985, com um projeto de marketing inovador para a época, contando com a ajuda de investidores.00:00/00:00
Em 1985, vitória sobre o Bahia por 3 a 0 marca volta de Zico ao Flamengo
Mas o que era para ser festa virou drama em pouco tempo, graças uma entrada violenta de Márcio Nunes, do Bangu: Zico teve torções nos dois joelhos e no tornozelo esquerdo, contusão na cabeça do perônio esquerdo e profundas escoriações na perna direita.00:00/00:00
Em 1985, Zico sai machucado do empate em 0 a 0 entre Flamengo e Bangu
Falcão (São Paulo, 1985)
Um dos craques da seleção brasileira de 1982, líder da Roma campeã italiana em 1983 (apelidado de “Rei de Roma”), Falcão voltou ao Brasil em 1985, contratado pelo São Paulo, aos 32 anos. Mas jogou pouco (apenas 25 partidas, com oito gols) e acabou se aposentando.00:00/00:00
Em 1985, Falcão chega da Itália para defender o São Paulo
Roberto Dinamite (Vasco, 1980)
Esta história é incrível: em 1979, Roberto Dinamite, maior ídolo do Vasco, estava descontente no Barcelona e queria voltar ao Brasil. O Flamengo foi atrás dele. As negociações estiveram muito perto de serem concretizadas. Mas o Vasco entrou forte na parada e fechou a contratação do centroavante, impedindo-o de parar em seu arquirrival.00:00/00:00
Baú do Mercado relembra a história de Roberto Dinamite, artilheiro do Vasco e com passagem pelo Barcelona