UOL
Na noite de ontem (1), o São Paulo surpreendeu ao anunciar a contratação do lateral direito Daniel Alves, ex-Barcelona e PSG e maior campeão da história do futebol, com 40 títulos – o último deles conquistado com a seleção brasileira: a Copa América. Mas a contratação de Daniel Alves chega a ser a maior da história do futebol brasileiro? Para responder essa pergunta, consultamos os blogueiros do UOL Esporte, que lembraram as chegadas de Romário ao Flamengo – em 1995 – e Ronaldo ao Corinthians – em 2009. Confira:
ANDRÉ ROCHA
Daniel Alves é a maior contratação do futebol brasileiro em 2019. Só. Em termos de simbolismo fica bem atrás de Ronaldo pelo Corinthians em 2009 e muitos degraus abaixo da maior de todas: Romário em 1995, um ano depois do tetra e ostentando o prêmio de melhor do mundo, voltando ao Brasil para jogar no Flamengo.
BENJA
O São Paulo contratou o melhor lateral direito do mundo! Um jogador que coleciona títulos, enfim, apesar da idade é uma contratação bombástica! Mas a maior da história foi o Ronaldo Fenômeno no Corinthians, que além do impacto a sua passagem por lá mudou o Corinthians de patamar!
BENJA
O São Paulo contratou o melhor lateral direito do mundo! Um jogador que coleciona títulos, enfim, apesar da idade é uma contratação bombástica! Mas a maior da história foi o Ronaldo Fenômeno no Corinthians, que além do impacto a sua passagem por lá mudou o Corinthians de patamar! JUCA KFOURI Excelente contratação, mas a maior?! E Ronaldo Fenômeno? E Ronaldinho Gaúcho?
JULIO GOMES
Não é possível responder a esta pergunta sem saber dos desdobramentos, sem olhar historicamente para o que significou a chegada de Daniel Alves ao São Paulo. Precisamos esperar o futuro para avaliar o passado. Se olharmos o impacto da chegada, eu colocaria na frente às contratações de Romário pelo Flamengo, em 95, de Ronaldo pelo Corinthians, em 2008, e de Ronaldinho pelo Flamengo, em 2011.
MARCEL RIZZO
Não. Romário em 95 pelo Flamengo ainda é. Daniel Alves é uma contratação excepcional: mesmo com 36 anos ainda tem muita bola, tem carisma, liderança, tem tudo para se tornar um dos grandes da história do São Paulo nesses três anos de contrato. Mas há uma reflexão a se fazer nessa pergunta: em que pé está o futebol brasileiro quando o principal jogador da seleção brasileira tem 36 anos e joga de lateral-direito?
MAURO BETING
Romário em 1995, um mês depois de ter sido eleito o craque do mundo em 1994. Mas esta é do nível de Ronaldo, em 2009, com a ressalva de que lateral é menos eficiente e contundente que um artilheiro.
MAURO CEZAR
Essa pergunta só se justifica se sofrermos de amnésia coletiva e esquecermos que Romário foi contratado pelo Flamengo em janeiro de 1995, meses depois de ganhar o Mundial dos Estados Unidos, sendo eleito o melhor jogador da Copa e do também mundo no mesmo ano de 1994. Além disso ele nem havia completado 29 anos. Estava no auge, não era um veterano como tantos que retornam ao futebol brasileiro.
MENON
Daniel Alves não é a maior contratação da história do futebol brasileiro. Romário no Flamengo em 95 e Ronaldo no Corinthians em 2009 superam. Se pensarmos apenas no São Paulo ela está atrás de 1) Sastre e Leônidas que mudaram a história do clube nos anos 40. 2) Gerson, Toninho Guerreiro e Pedro Rocha, que tiraram o time da fila nos anos 70. 3) Cerezo, veterano que foi fundamental nos títulos mundiais. 4) Zizinho que veio para o título paulista de 57. 5) Raí, que voltou em 98 e foi campeão em apenas um jogo. Daniel pode superar as contratações do São Paulo. Pode também superar a de Romário, em termos de títulos. Mas a de Ronaldo em termos marketing é difícil.
PVC
Não. Não é. Daniel Alves é uma grande contratação. Começa como um custo elevadíssimo e pode se tornar um investimento, se gerar receita também com o projeto que o envolve. Mas não é a maior contratação. Quando Ronaldo voltou para jogar pelo Corinthians, o impacto foi maior. Quando Romário deixou o Barcelona, na posição de melhor jogador do mundo, eleito pela Fifa, e acertou com o Flamengo, mais ainda. A maior contratação, deste ponto de vista, é Romário. O melhor do mundo, campeão mundial seis meses antes, no Flamengo.