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O São Paulo conquistou o seu último título na Copa Sul-Americana de 2012. Do time que levantou aquela taça, três jogadores defendem hoje o Grêmio, adversário do Tricolor paulista amanhã (31), às 11h, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro: Paulo Miranda, Cortez e Maicon. Curiosamente, todos deixaram o clube sob críticas, mas souberam dar a volta por cima.
“Eu quero me lembrar das coisas boas que fiz aqui, do título que conquistei. Eu pude em uma temporada só, em 2012, quebrar o recorde de disputar 70 e poucos jogos em um ano. Isso me motiva e me alegra. É como o Renato fala com a gente: ‘Onda se tira com títulos, ter quadro na parede’. E eu pude deixar um quadro meu na parede ganhando um título por esse clube grandioso que é o São Paulo”, disse Cortez, que jogou 74 das 78 partidas do Tricolor paulista em 2012, ao UOL Esporte.
Desde o título continental, o São Paulo enfileirou campanhas irregulares nos estaduais e nos nacionais. Como consequência, alguns jogadores foram muito pressionados pela torcida. Maicon, por exemplo, deixou o Morumbi muito por causa das críticas dos tricolores.
“A torcida nunca pegou no meu pé, foi sempre de boa e tranquila. Eu tenho boas lembranças daqui do São Paulo. Não sou pé quente, mas iluminado. Quando cheguei aqui em 2012, junto com o Maicon e Paulo Miranda, conquistamos o título. Tive a felicidade. Não é culpa só do Cortez e dos outros jogadores. Desejo toda sorte do mundo para o São Paulo, tenho amigos aqui, e o ambiente é maravilhoso. Todos sempre me trataram super bem. Mesmo de longe torço por eles”, completou o jogador, de 32 anos.
Confira abaixo outros trechos da entrevista com o Cortez.
Fase no Grêmio
O momento que eu estou vivendo no Grêmio é o melhor da minha carreira. Estou tendo essa oportunidade de, pela terceira vez seguida, chegar em uma semifinal de Libertadores. Poder conquistar títulos em um clube grandioso como o Grêmio. E poder estar atuando bem, em alto nível, ajudar meus companheiros. Estou muito feliz aqui e motivado para cada vez mais buscar títulos nesse clube grandioso.
Maratona de jogos
No Grêmio continua assim, e eu me preparo bem. Uso a pré-temporada para me preparar bastante, para quando começarem esses jogos importantes eu estar bem. No Grêmio é assim também, jogo a maioria dos jogos. Eu só não jogo quando o professor Renato descansa alguns jogadores, mas sempre quando tenho oportunidade vou jogar. Se ele precisar para o sábado, estamos aí de novo.
Será poupado?
Para sábado estou preparado. Se o Renato precisar, estou pronto para poder ajudar. Mas também sei que temos uma batalha muito difícil contra o Athletico na semana que vem [pela Copa do Brasil]. Mas o professor Renato vai saber escolher.
Renato Gaúcho
É uma experiência nova. Ele é muito do bem, um cara que passa tudo mastigado para a gente. Dá dica e orienta. Quando precisa cobrar, ele cobra. Não é à toa que ele conquista muito título e está com toda essa moral.
Jogo contra o São Paulo
Fica aquele gostinho de felicidade, de poder jogar contra o ex-clube. Foi maravilhoso o que passei no São Paulo. Agora estou com as cores do Grêmio e tem aquela motivação a mais.
Metas até o fim do ano
Estamos trabalhando com humildade, respeitando o adversário. Onda se tira com título, então estamos trabalhando para conquistar mais títulos e ficar de boa.