De Cuca a Diniz: O que muda no São Paulo para a visita ao Flamengo

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UOL

Arthur Sandes e José Eduardo Martins

O São Paulo encara o Flamengo, às 19 horas (de Brasília) de amanhã, pelo Brasileirão, com cara nova no banco de reservas. Após a saída de Cuca e a contratação de Fernando Diniz, a tendência é que haja grandes mudanças no Tricolor, desde o modo de pensar o jogo até as peças em campo. Mas esta reformulação deve aparecer apenas timidamente no Maracanã. Diniz acertou com o São Paulo nas últimas horas de ontem, comandou seu primeiro treino na manhã de hoje, deu entrevista coletiva no CT da Barra Funda e em seguida viajou com a delegação para o Rio de Janeiro. A agitada sequência de acontecimentos limita bastante a implantação dos ideais do treinador, que devem aparecer na equipe de forma mais gradual.

“Procuramos mexer o mínimo possível na estrutura do time. Aos poucos, em doses homeopáticas, vamos colocar o que pensamos”, explicou Fernando Diniz em sua apresentação oficial, na qual prometeu “um time forte para fazer grande partida no Rio”. O novo treinador do São Paulo é obrigado a fazer mudanças no ataque, pois Everton e Toró sofreram lesões na última quarta-feira (25), quando foram titulares. Alexandre Pato segue como desfalque pois trata um estiramento muscular. Por outro lado, Hernanes fica à disposição após cumprir suspensão contra o Goiás.

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Levando em conta a cautela de Diniz para alterar o time em sua estreia, um São Paulo provável tem Tiago Volpi; Juanfran (Igor Vinícius), Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan (Liziero), Tchê Tchê, Daniel Alves, Hernanes e Antony (Vitor Bueno); Pablo. Fernando Diniz é conhecido pelo estilo de jogo que valoriza sobretudo a posse de bola, o que inclui evitar chutões e explorar a troca de passes. A prioridade de dominar o jogo e o relógio é uma identidade bem diferente daquela de Cuca, que prefere jogo mais ágil, de ataques inesperados que surpreendam os adversários.

Daí a necessidade de tempo para transformar o São Paulo, e Diniz ainda calcula o que pretende mudar a médio e longo prazo. “Não vou mudar tudo que estava feito. Cuca é um grande treinador, e [André] Jardine é um estudioso”, ponderou, em referência a seus antecessores no Tricolor e ciente de que chega sob pressão. “Qualquer trabalho precisa de tempo, mas as necessidades são urgentes. Precisamos ter resultado o quanto antes.”