Saída de Cuca do São Paulo: técnico pediu demissão no vestiário para Raí

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UOL

Arthur Sandes e José Eduardo Martins

O São Paulo oficializou hoje (26) a saída de Cuca do comando técnico, uma decisão que demorou para ser maturada pelos dirigentes do Tricolor paulista. Após a derrota por 1 a 0 para o Goiás na noite de ontem (25), no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro, o treinador conversou com o executivo de futebol, Raí, e o gerente executivo, Alexandre Pássaro, no vestiário do estádio já para colocar seu cargo à disposição. Mas os dirigentes acharam ser o momento de manter do técnico e o convenceram, ao menos naquele momento, a ficar à frente da equipe. Em seguida o treinador conversou com alguns integrantes da delegação e disse que seguiria normalmente a sua programação de trabalho no CT da Barra Funda.

Cuca, então, foi para casa. Pensou mais sobre a situação e concluiu, enfim, que o Tricolor precisava mesmo de um choque de gestão para voltar a render. Decidido, ele chegou ao CT da Barra Funda e pediu para conversar com Raí e Pássaro mais uma vez. Colocou novamente o cargo à disposição e apresentou os seus argumentos. Os dirigentes, que também não estavam satisfeitos com os resultados, acharam melhor aceitar o pedido — até porque não valeria seguir com um treinador sem confiança.

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Na entrevista coletiva em que oficializou sua saída, Cuca argumentou que sua filosofia “não casou com o estilo do São Paulo” e disse ter certeza que o elenco “vai dar uma resposta positiva” após sua saída. Questionado, Raí afirmou que o clube ainda não definiu se vai sair em busca de um novo treinador ou manter Vagner Mancini, coordenador técnico, de forma interina até dezembro. O São Paulo venceu apenas um dos últimos seis jogos, por isso ficou para trás na disputa pelo título brasileiro: são 13 pontos de desvantagem para o líder Flamengo. O time carioca é justamente o próximo adversário do Tricolor, que visita o Maracanã às 19 horas (de Brasília) deste sábado (28), já com Mancini no comando.